Em meio a hipótese de participação de policiais militares em atos a favor do presidente Jair Bolsonaro no feriado de 7 de Setembro, o governador do Rio, Cláudio Castro, afirmou que ainda hoje terá uma reunião com novo comandante da PM do estado, o coronel Luiz Henrique Marinho Pires, para tratar da participação de militares da instituição na manifestação. A declaração de Castro ocorre em paralelo a fala de outros governadores, que demonstram preocupação com os policiais militares e atuam para conter danos.
"Eu tenho uma reunião hoje com o coronel Henrique para falar sobre isso (o protesto). O Rio de Janeiro é um estado de paz e as pessoas, de todos os lados, tem o direito de protestar. Mas, com certeza, não vamos tolerar violência em hipótese nenhuma seja de que lado for. Pedimos a população e a tropa que, protestar é legítimo, mas que não haja violência. A violência será coibida. Mas, se ela existir, estarmos preparados para coibi-la", disse Castro.
Por sua vez, o novo secretário da pasta, se esquivou quando questionado se teme perder o controle da tropa durante manifestações pró-Bolsonaro. Luiz Henrique afirmou que “caso haja manifestação, e se tiver, o policial que estiver lá estará trabalhando e fardado”. Ele afirmou que “a Polícia Militar não tem partido”.
"Daqui a pouco vamos tratar com o governador sobre o tema. Mas, a Polícia Militar não tem partido político, ponto. O policial que estiver armado e se tiver manifestação, ele estará fardado. Não tem outra opção", rechaçou o secretário explicando que os agentes de folga não poderão participar do ato armado.
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Ações políticas de integrantes da ativa são vedadas por lei, o que levou os chefes dos Executivos estaduais a redobrarem a atenção com vistas ao controle das tropas.
O senador Flávio Bolsonaro (Patriota-RJ) compareceu a solenidade, acompanhado de outros deputados da base bolsonarista. Uma das cenas que chamava a atenção de todos era o desconforto de Cláudio Castro em estar ao lado do filho do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido). O senador chegou sozinho e ficou longe de Castro. Apenas no final da solenidade que ambos se cumprimentaram rapidamente. No discurso, Castro chegou a chamar o senador de “meu amigo a quem acredito demais”.