Lula
Reprodução/redes sociais
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SÃO PAULO. O ex-presidente Lula acusou nesta terça-feira o presidente Jair Bolsonaro de estar refém do centrão. Durante o seu governo (2003-2010), o petista manteve aliança com o bloco, que chegou a possuir representantes em ministérios, apesar de nunca ter alcançado a centralidade de agora com o comando do Ministério da Casa Civil.

Bolsonaro que ficava falando que ia acabar com a a velha política. Qual é a nova política do Bolsonaro? Ficar refém do centrão? Colocar R$ 20 bilhões do relator no orçamento para que os deputados possam se reeleger. É isso que é nova política? Não cumpriu uma das coisas que falou — disse Lula, em entrevista à Rádio Difusora de Goiás. A frase também foi postada no Twitter do ex-presidente.

Lula foi eleito em 2002 em aliança com o PL, partido que forma um dos alicerces do centrão ao lado do PP. O partido comandou o Ministério dos Transportes, primeiro com Anderson Adauto, depois com Alfredo Nascimento.

Ainda no primeiro mandato de Lula, o PP também passou a integrar o governo com Márcio Fortes no Ministério das Cidades. Ciro Nogueira (PI), presidente do PP e agora nomeado Ministro da Casa Civil de Bolsonaro, fez parte da base de apoio de Lula no Congresso e Ricardo Barros (PP-PR), líder do atual governo na Câmara, foi vice-líder do governo petista.

Ainda na entrevista desta terça-feira, Lula disse que que Bolsonaro prometia combater a corrupção, mas agora o ex-assessor Fabrício Queiroz, investigado por comandar um esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro, o ameaça.

Você viu?

— Quando a denuncia de corrupção era contra do PT , você nunca viu no governo do PT a gente criar qualquer obstáculo para investigação. Entrentanto, o Bolsonaro não deixa os filhos dele serem investigados. Não deixa o Queiroz ser investigado e vai procurando a indicação de ministros da Suprema Corte de acordo com seus interesses.

O petista ainda falou sobre o perfil do vice que espera, caso decida mesmo se candidatar:

— Um candidato a vice precisa ser parceiro. De confiança. Se eu for candidato, quero um vice que dê complementariedade nas funções do governo. Quero um vice atuante. E que seja uma pessoa que eu gosto, que eu vá dormir tranquilo. Sabendo que ele também vai cuidar do país.

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