O ano 2019 foi o mais quente na Rússia em mais de 120 anos, anunciaram nesta segunda-feira (30) os serviços meteorológicos locais. Moscou enfrenta um raro inverno sem neve .
Para contornar algumas das dificuldades causadas pelo tempo, as autoridades de Moscou decidiram despejar neve artificial no centro da cidade mantendo as festividades do ano novo, quando é habitual as pessoas saíram para a rua para fazerem `snowboard` .
"De uma forma geral, este foi o ano mais quente da Rússia de todo o período de observações instrumentais", disse o diretor do Centro Hidrometeorológico Roman Vilfand.
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"Inverno comprado"
A decisão provocou diversas reações na rede social Twitter. Alguns russos afirmaram que "o orçamento de Moscou pode comprar qualquer coisa: até o inverno ". Em outra mensagem a população lamentou o cenário que "está muito longe do tradicional inverno".
No Instagram, usuários têm multiplicado vídeos que mostram caminhões transportando e espalhando neve na cidade. "Esta é toda a neve que há em Moscou. Está toda guardada na Praça Vermelha", escreveu um usuário ao comentar a fotografia tirada perto do Kremlin.
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Em alerta
As preocupações com os efeitos do aquecimento global na Rússia são crescentes, já que o permafrost ou pergelissolo - o tipo de solo encontrado na região do Ártico, constituído por terra, gelo e rochas permanentemente congelados - está derretendo lentamente e fazendo recuar o gelo ártico . A situação leva os ursos polares famintos a procurarem comida em áreas urbanas.
O clima ameno que se tem registado este mês no país interrompeu a hibernação de vários animais no jardim zoológico de Moscou e fez com que açafrão, liláses e magnólias do jardim botânico da Universidade Estadual florescessem mais cedo.