No dia 20 de julho de 1969 o astronauta americano Neil Armstrong tornou-se o primeiro homem a pisar na Lua. O momento histórico que ficou marcado na história da humanidade completa 50 anos com uma nota meta: chegar a Marte em 2035. Além disso, surgem projetos no solo e na órbita lunar, de vários países.
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O projeto de chegar ao "planeta vermelho" está sendo preparado junto com o de voltar à Lua em 2024, mas, desta vez, levando uma mulher. Além disso, já foram feitos testes, em março último, com a empresa SpaceX, do empresário Elon Musk (dono da marca de carros elétricos Tesla), que comprovam ser possível enviar passageiros até a Lua .
Outra empresa privada, a Astrobotic, presidida pelo americano John Thornton, também foi contratada pela NASA para fazer voos comerciais até a Lua. A companhia foi fundada há 12 anos como uma statup e fará a próxima viagem à Lua em junho de 2021 como parte de um contrato com a Agência Espacial Americana da ordem de US$ 79 milhões.
Na primeira missão da Astrobotic vão ser levadas 27 cargas até a Lua, das quais 14 da NASA e 13 de empresas privadas. O objetivo será chegar a uma cratera em que nunca chegaram antes e, entre outros detalhes, instalar antenas que irão transmitir dados colhidos por pequenos robôs e câmeras. Também serão levados produtos e até encomendas individuais.
Outros países na exploração da Lua
Além dos Estados Unidos, outros países tomam iniciativas e desenvolvem projetos, como o de mineração do solo lunar, até 2025, ideia que partiu da Agência Espacial Europeia (ESA), em conjunto com empresas privadas.
A China também entrou na corrida espacial e se tornou o terceiro país a chegar à Lua, em janeiro, quando levaram o módulo Chang' e 4. Depois disso, passaram a incentivar a participação de empresas em projetos em solo lunar. O módulo começou a enviar para Terra fotos de faces da Lua que nunca haviam sido vistas antes da Terra. Os chineses querem utilizar radiotelescópios e fazer experimentos biológicos para entender o processo de fotossíntese em solo lunar.
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O primeiro brasileiro a pisar na Lua foi Marcos Pontes, hoje ministro da Ciência e Tecnologia. Em 2006 ele quando passou 10 dias na Estação Espacial Internacional. Desde então, o Brasil não teve mais destaque no noticiário envolvendo os projetos na Lua.
Porém, existe o projeto de enviar uma sonda brasileira para sobrevoar a orbita lunar, já no ano que vem, com o objetivo de coletar dados sobre a superfície e conduzir experimentos científicos pioneiros com micróbios, moléculas e até células humanas.
Trata-se do projeto Galatéa-L, que chegou a ser apresentado pela Escola de Engenharia de São Carlos, da USP. De acordo com o engenheiro espacial, Lucas Fonseca, a ideia é de se beneficiar da revolução dos nanossatélites para colocar o Brasil no mapa da exploração interplanetária.
A missão inclui levar a sonda Garatéa-L até a Lua e deixá-la orbitar por cerca de 6 meses. Amostras de células humanas também estarão dentro do satélite brasileiro, com o objetivo de analisar o efeito da radiação cósmica em astronautas, o que é fundamental para futuras missões tripuladas com destino a Lua, Marte, ou qualquer outro mundo.
O pequeno satélite brasileiro Garatéa-L pesa 7,2 quilos, e sua forma de cubo tem as dimensões 10x20x30 centímetros. Ele será enviado ao espaço a bordo de um foguete indiano PSLC-C11, junto com mais 5 satélites de outros países. Projetos educacionais também serão lançados, abrangendo alunos com especializações na área espacial , e assim, abrir as portas para o desenvolvimento tecnológico nacional.
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Apenas a título de curiosidade, a temperatura na Lua pode variar entre 123 °C e 153 °C negativos sem a presença do Sol. Por isso, astronautas usam trajes com sistema de aquecimento e resfriamento, conforme o necessário.
Na primeira viagem do homem à Lua foram necessárias 76 horas para chegar lá. Até Marte, estima-se que leve entre 150 a 300 dias, partindo da Terra, variação que depende da velocidade do lançamento do foguete e do alinhamento de ambos os planetas.