A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira (6), a mando do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, o empresário bolsonarista Milton Baldin , que apareceu em vídeo convocando atiradores e caminhoneiros para as manifestações antidemocráticas que vêm ocorrendo no país. A prisão ocorreu próximo a um acampamento bolsonarista em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília.
A convocação feita por Milton Baldin ocorreu em 26 de novembro, data informada por ele no próprio vídeo. Nas imagens, ele pede aos empresários que liberem os caminhoneiros para participarem dos protestos na capital federal. Na sequência, convoca os CAC’s (colecionadores, atiradores desportivos e caçadores) para "marcar presença" nas manifestações.
"Gostaria de pedir ao agronegócio, aos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros para Brasília. São só 15 dias, não vai fazer diferença. Também pedir aos CACs, atiradores que têm armas legais", afirmou o homem aos manifestantes no sábado.
"Se nós perdermos essa batalha, o que você acha que vai acontecer dia 19 [prazo para a diplomação de Lula]? Vão entregar as armas, e o que eles vão falar? 'Perdeu, mané", completou ele, se referindo a fala do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Roberto Barroso a um bolsonarista em Nova York, nos Estados Unidos.
Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a chamada diplomação, que foi antecipada em uma semana e ocorrerá no próximo dia 12, é "o ato pelo qual a Justiça Eleitoral atesta que o candidato ou a candidata foi efetivamente eleito ou eleita pelo povo e, por isso, está apto ou apta a tomar posse no cargo". Na ocasião, ocorre a entrega dos diplomas, que são assinados, conforme o caso, pelo presidente do TSE, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ou da junta eleitoral.
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