Mourão disse que o candidato eleito tomará posse no dia 1° de janeiro
Divulgação/Hamilton Mourão
Mourão disse que o candidato eleito tomará posse no dia 1° de janeiro

Hamilton Mourão, atual vice-presidente do Brasil, disse ter "quase certeza" de que Jair Bolsonaro (PL) passará a faixa de presidente da República para Luiz Inácio Lula da Silva (PT),  eleito no último domingo.

A fala do Senador eleito pelo Rio Grande do Sul foi feita após o atual chefe do Executivo do país  realizar o seu primeiro pronunciamento depois da derrota para o petista no último pleito eleitoral.

Mourão afirmou que pode ser que seja dada a ele a missão de passar o símbolo presidencial para Lula, mas que provavelmente será Bolsonaro quem realizará o ato.

“Vamos aguardar o momento. Ele pode determinar que eu faça, ele pode dar outra determinação. Vamos aguardar. Mas eu tenho quase certeza de que o presidente vai passar a faixa", afirmou o vice-presidente.

"O que ele falou hoje? Que cumprirá as tarefas dele como presidente e o que está previsto na Constituição. Não está previsto que ele entregue a faixa?“, completou.

Transição do governo

Mourão falou também sobre a transição de governo, que deve ser iniciada nos próximos dias. Ele destacou que já teve um contato "institucional" com Geraldo Alckmin (PSB), vice-presidente eleito.

“Não tem nada marcado, eu fiz uma comunicação institucional, do atual vice-presidente para o futuro dizendo que estamos em condição de apresentar estrutura e os trabalhos em andamento, assim como a minha esposa estar em condição de mostrar o palácio para a esposa dele”, disse.

Pronunciamento de Bolsonaro

Jair Bolsonaro discursou pela primeira vez desde o anúncio da vitória do de Lula no segundo turno das eleições.   Ao todo, ele ficou 44 horas em silêncio. A avaliação de integrantes do Judiciário e de aliados de Bolsonaro é que a conduta dele tenha insuflado os bloqueios antidemocráticos nas estradas.

Bolsonaro deu início à fala agradecendo aos mais de 58 milhões de brasileiros que votaram nele e afirmou que os bloqueios nas estradas são "fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral".

Depois, mudou o tom e disse que "manifestações pacíficas são bem-vindas", mas que "o direito de ir e vir" deve ser preservado, ao contrário do que, segundo ele, prega a esquerda.

Ao final, o candidato derrotado garantiu que seguirá cumprindo "todos os mandamentos da Constituição", o que sugere que ele não contestará o resultado das eleições.

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