A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) está apreensiva com os atos de 7 de setembro. Com o resultado da nova pesquisa Ipec, criou-se um racha entre a ala política e a ideológica. A equipe do chefe do executivo federal acredita que ele não terá um discurso “paz e amor” e apostará no radicalismo. A aposta é que, se o governante for radical, a tendência é afastar o eleitor moderado.
Aliados vinham aconselhando o mandatário a ser firme e criticar os opositores, mas não atacar ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), além de evitar a falar das urnas eletrônicas e do processo eleitoral. Porém, todos sabem que o presidente é incontrolável e faz o que bem entender.
Agora, com o resultado da pesquisa Ipec, divulgada na última segunda-feira (5), o QG bolsonarista tem a mais absoluta certeza que Bolsonaro seguirá o desejo de Carlos Bolsonaro e partirá para o ataque, não poupando absolutamente ninguém. A ala política que o apoia não esconde a tensão.
O grupo mais moderado do Planalto já avisou que um discurso radical irá favorecer o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Levantamentos internos do PL identificaram que eleitores de Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) que ainda não possuem certeza se votarão neles podem escolher o petista no dia 2 de outubro, caso sintam o atual mandatário radical e com chance de chegar ao segundo turno.
O último levantamento do Ipec mostrou Lula com 44% das intenções de votos, enquanto Bolsonaro ficou com 31%. Ciro e Tebet atingiram 8% e 4%, respectivamente.
Campanha de Lula vai apostar no voto útil
A campanha de Lula irá aumentar o tom contra Bolsonaro e pedirá o voto útil. O entendimento é que é possível encerrar a eleição no primeiro turno e os petista têm total certeza que o presidente da República irá radicalizar nos atos de 7 de setembro em Brasília e no Rio de Janeiro.
Além de mostrar possíveis discursos antidemocráticos, o PT também seguirá batendo nos escândalos de corrupção envolvendo a família Bolsonaro.
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