O papa Francisco criticou nesta sexta-feira (28) a criação de "embriões de proveta" e seu posterior descarte, em uma mensagem enviada aos participantes de um congresso em Roma sobre o "método Billings", que ajuda mulheres a identificar seu período fértil.
No texto, o líder da Igreja Católica diz que a "separação ideológica e prática entre a relação sexual e seu potencial generativo determinou a busca por formas alternativas para ter um filho", por meio de "processos artificiais".
"No entanto, se é correto ajudar e apoiar um desejo legítimo de gestar com os mais avançados conhecimentos científicos e tecnologias que potencializam a fertilidade, não é certo criar embriões de proveta para depois suprimi-los, comercializar gametas e recorrer à prática da barriga de aluguel", disse.
Segundo o Papa, um "maior conhecimento sobre os processos de geração da vida, valendo-se de modernos avanços científicos, pode ajudar muitos casais a fazer escolhas mais conscientes e eticamente mais respeitosas".
Voto feminino no Sínodo de Bispos
Nesta semana o papa Francisco anunciou que, pela primeira vez na história, as mulheres terão direito a voto em uma reunião global de bispos , durante a XVI Assembleia Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos, que será realizada em duas sessões em outubro de 2023 e outubro de 2024.
As mulheres só podiam participar dos sínodos como auditoras, mas sem direito a participar da votação. A decisão do Papa Francisco concede o direito de voto a cinco irmãs religiosas e inclui um grupo de 70 membros não bispos para representar vários setores da igreja, como padres, religiosas, diáconos e leigos católicos.
O grupo será escolhido pelo Papa a partir de uma lista de 140 pessoas recomendadas pelas conferências episcopais nacionais, com a recomendação de que 50% sejam formados por mulheres. As conferências encorajaram também a inclusão de jovens no grupo.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.