Protestos acontecem contra grupo terrorista e demonstra fragilidade do presidente da Somália
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Protestos acontecem contra grupo terrorista e demonstra fragilidade do presidente da Somália

Milhares de pessoas foram às ruas da Somália nesta quarta-feira (18) em protesto contra os responsáveis pelo ataque a bombas na capital Mogadíscio no último sábado (14), em que mais de 300 pessoas foram mortas e outras centenas ficaram feridas. A polícia reagiu aos atos, abrindo fogo contra os manifestantes a fim de deixa-los distantes do local do pior ataque terrorista da história do país. As informações são do The Guardian.

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Usando faixas vermelhas na cabeça, a multidão – formada especialmente por homens e mulheres jovens – marchou por toda Mogadíscio cercada por agentes de segurança. “Nós estamos protestando contra os terroristas que massacraram nosso povo. Nós entramos nas ruas pela força”, disse Halima Abdullahi, que perdeu seis parentes no atentado na Somália .

Já o estudante universitário Mohamed Salad afirma que está “pedindo a Deus para punir os responsáveis pelas bombas”.

Os manifestantes respondem a um chamado do prefeito da cidade, Thabit Abdi, que afirmou que “é necessário liberar a cidade, que está inundada de túmulos”. O ataque terrorista aconteceu no fim de semana, no coração da cidade da Somália, tendo sido assumido pelo grupo islâmico al-Shabaab , um dos mais violentos e letais de todo o mundo.

A capital do país sofre com diversos atentados nos últimos anos, mas não um com essa escala.

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Pior atentado em anos

O real número de mortos no ataque provavelmente não será conhecido. O governo enterrou mais de 160 corpos que não poderiam ser identificados após as explosões. Moradores da cidade de Dusamareb, no centro do país, também protestaram por horas contra os extremistas islâmicos, e os clérigos pediram que a guerra contra os militantes fosse intensificada.

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O presidente, Mohamed Abdullahi Mohamed, prometeu livrar a Somália do grupo terrorista al-Shabaab, que é afiliado ao al-Qaeda , depois de assumir o poder em fevereiro, em uma eleição considerada como um marco no retorno gradual do país à estabilidade e à prosperidade. Contudo, o ataque violento do último sábado, que envolveu dois veículos, é um grande revés para o governo, sublinhando sua incapacidade de garantir a segurança mesmo na capital.

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