Um dos principais monumentos do mundo, a Torre Eiffel deve apagar as suas luzes, na madrugada desta terça-feira (17), em um ato de homenagem às mais de 300 vítimas fatais e às centenas de feridos deixados pelo pior ataque já acontecido na história da Somália .
"Vamos apagar a Torre Eiffel
à meia-noite em homenagem às vítimas do atentado de #Mogadiscio", escreveu a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, em sua conta no Twitter nesta segunda-feira.
O ataque ocorreu em frente ao hotel Safari, que fica perto de ministérios do governo da Somália e em uma rua bastante movimentada de Mogadíscio. O prédio foi amplamente destruído pela explosão de um carro-bomba.
"Em nossos 10 anos de experiência em primeiros socorros em Mogadíscio, nunca tínhamos visto algo assim", informou o serviço de ambulâncias da cidade pelas redes sociais.
A explosão ainda não foi reivindicada, mas o governo culpa o grupo fundamentalista islâmico somali Al Shabab, que vem aumentando suas ações no centro e no sul do país nos últimos meses.
Leia também: Catalunha propõe negociar independência com a Espanha nos próximos dois meses
O presidente do país, Mohamed Abdullahi Mohamed, declarou três dias de luto e se juntou às milhares de pessoas que responderam aos apelos desesperados dos hospitais por doações de sangue. "Estou implorando ao povo somali para que doem", afirmou o mandatário.
Torre apagada – mais uma vez
Essa não será a primeira vez que a torre mais famosa da França apagará suas luzes em homenagem a vítimas de atentados terroristas. As luzes mais famosas de Paris desaparecem com frequência, em um ato de sensibilidade do povo francês aos ataques ocorridos em todo o mundo. Porém, atentados na Europa costumam ser mais lembrados que os em outros continentes.
Em agosto deste ano, o monumento parisiense teve suas luzes apagadas em homenagem às vítimas do atentado em Barcelona. Em junho, o ataque em Londres deixou as luzes da torre apagadas. O Oriente Médio já causou efeitos semelhantes: no ano passado, Aleppo foi responsável por apagar as luzes da Torre Eiffel, em dezembro.
Leia também: Diplomacia com Coreia do Norte será mantida "até cair a primeira bomba", diz EUA
* Com informações da Agência Ansa.