Após três anos foragido, ex-médico Roger Abdelmassih foi encontrado no Paraguai em agosto de 2014
Divulgação Polícia Federal
Após três anos foragido, ex-médico Roger Abdelmassih foi encontrado no Paraguai em agosto de 2014

Condenado a 181 anos de prisão por 48 estupros de 37 mulheres, o ex-médico Roger Abdelmassih vai poder voltar para casa após decisão do ministro Ricardo Lewandowski. Desde o final de agosto, ele estava preso na penitenciária em Tremembé , em São Paulo, após outras idas e vindas à prisão.

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Roger Abdelmassih teve o direito de prisão domiciliar cassado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo em agosto. De acordo com decisão da juíza Sueli Zeraik Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais, de Taubaté (SP), ele não poderia permanecer em casa por conta da falta de tornozeleiras eletrônicas no Estado.

Para Lewandowski, entretanto, Abdelmassih não tem culpa do Estado não ter condições de fornecer equipamentos de monitoramento eletrônico. O ex-médico ganhou permissão, sendo assim, para esperar pelo aparelho dentro de sua casa.

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No pedido de habeas corpus, a defesa alegou que o cliente cumpriu todas as condições estabelecidas quando lhe foi concedida a prisão domiciliar e que o idoso sofre com problemas cardíacos .

48 estupros e 37 vítimas

Abdelmassih era considerado o principal especialista em reprodução humana no Brasil, servindo de exemplo, inclusive, para outros especialistas da área. Em 2010, entretanto, foi condenado a 278 anos de reclusão por ter estuprado 37 pacientes. O Conselho Regional de Medicina de São Paulo cassou o registro profissional do ex-médico apenas seis meses depois, em maio de 2011.

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Um habeas corpus lhe deu o direito de responder em liberdade, mas Roger Abdelmassih teve a prisão decretada após tentar renovar seu passaporte, o que alertou as autoridades para o risco de fuga. O ex-médico não se apresentou à Justiça e ficou três anos foragido. Na época, foi considerado o criminoso mais procurado de São Paulo. Ele foi encontrado no Paraguai em agosto de 2014. No mesmo ano, sua pena foi reduzida para 181 anos, mas a lei brasileira não deixa nenhuma pessoa ficar presa por mais de 30 anos.

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