Eduardo Bolsonaro
Reprodução/Nilson Bastian Câmara dos Deputados - 10.05.2022
Eduardo Bolsonaro

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) pediu em um vídeo publicado nas redes sociais nesta quarta-feira (26) a soltura do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres e afirmou que se algo acontecer com ele a culpa será da Justiça. Segundo Eduardo, ele já chegou a ouvir que o ex-ministro tem pensado em suicídio na prisão.

“Se algo de pior acontecer com o delegado federal Anderson Torres, essa conta certamente vai estar junto à Justiça. Porque a própria PGR pediu a conversão (da prisão) em medidas cautelares. (A situação) é bizarra do ponto de vista jurídico. Espero que nada de pior venha a acontecer com Anderson Torres”, afirmou.

De acordo com o filho de Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro não oferece risco à ordem pública nem à ordem econômica e, além disso, não tentou fuga ou atrapalhou as investigações durante todo o tempo que esteve preso.

Piora no quadro de saúde

Detido desde o dia 14 de janeiro por suposta omissão nos atos golpistas de 8 de janeiro, Torres está com a saúde mental bastante abalada na prisão apontam os médicos. 

“Houve piora significativa do estado geral do paciente, com perda de peso , mais ou menos dez quilos, aumento da frequência e intensidade das crises de ansiedade seguidas de crises de choro e nervosismo intenso acompanhada de preocupação intensa em relação às suas filhas menores", disse o médico que acompanha o ex-ministro à coluna de Bela Megale, do jornal O Globo.

O profissional de saúde afirma ter feito "várias intervenções e ajustes de medicamentos com o intuito de reduzir consequências deletérias das crises (como risco de suicídio)” , mas diz que “houve resposta insatisfatória terapêutica aquém do esperado”.

O médico diz que os sintomas de Torres são: “sensação de desconforto e angústia física, pressão na cabeça associada a sintomas psíquicos como nervosismo, pensamentos ruins” e “episódios de medo de insegurança relacionada a familiares”.

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal está preso no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Gama, no Distrito Federal, há aproximadamente 100 dias.

Moraes determina que ex-ministro continue preso

Na última quinta-feira (20), o ministro Alexandre de Moraes , do Supremo Tribunal Federal, determinou que Torres siga preso .

Na decisão, Moraes explicou que a prisão continuará porque foram descobertos novos indícios de envolvimento de Torres em tentativas de dificultar a votação em regiões no qual o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) era favorito no 2° turno das eleições do ano passado.

O magistrado argumentou que a investigação da Polícia Federal reforçou a necessidade de ter a manutenção da prisão do ex-ministro, principalmente por conta de “depoimentos de testemunhas e apreensão de documentos que apontam fortes indícios da participação do requerente na elaboração de uma suposta 'minuta golpista' e em uma 'operação golpista' da Polícia Rodoviária Federal para tentar subverter a legítima participação popular no 2º Turno das eleições presidenciais de 2022”.

Em 30 de outubro de 2022, data em que ocorreu o 2° turno, a Polícia Rodoviária Federal fez uma série de operações e parou carros, motos e ônibus que tinham eleitores em todo país. Boa parte dessas blitz aconteceu em estados do Nordeste. Essas paralisações foram proibidas por Alexandre de Moraes, mas a PRF ignoraram a ordem por algumas horas.

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