O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou o segurança da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) que disparou um tiro durante a confusão envolvendo a parlamentar e um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na véspera do segundo turno das eleições , em outubro do ano passado.
O policial militar Valdecir Silva de Lima Dias, de 46 anos, foi denunciado pelo MP-SP por constrangimento ilegal mediante violência e disparo de arma de fogo em via pública. Na ocasião, o PM estava de folga e fazia a segurança da deputada. Ele chegou a ser preso em flagrante, mas foi solto após pagar fiança .
O PM nega ter havido constrangimento da vítima e diz que o disparo foi acidental.
Na denúncia, o Ministério Público relatou que o PM sacou o revólver de calibre 38, que pertence à Polícia Militar do Estado de São Paulo e tinha munição de seis cartuchos íntegros, e perseguiu o jornalista Luan Araújo . Depois, tentou golpeá-lo com a arma de fogo e efetuou um disparo em sua direção. Ao não conseguir acertá-lo, tentou novamente agredi-lo, mas com chutes.
Para tentar se proteger, Luan entrou em uma lanchonete na esquina da Alameda Lorena com a Rua Joaquim Eugênio de Lima. Após alguns minutos, conseguiu sair do estabelecimento em segurança, acompanhado da Polícia Militar, que prendeu o PM que estava com Zambelli e apreendeu sua arma de fogo no local.
Relembre o caso
Carla Zambelli se envolveu em confusão em um bairro nobre de São Paulo no dia 29 de outubro , na véspera do segundo turno das eleições vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em vídeo que tem circulado nas redes sociais, a apoiadora do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece segurando uma arma e apontando para um homem.
O episódio ocorreu no cruzamento das alamedas Lorena e Joaquim Eugênio Lima, no bairro Jardins. O fato aconteceu em uma região próxima de onde Lula participava de um comício de campanha.
Vídeos compartilhados nas redes sociais mostram a parlamentar batendo boca com um apoio do atual presidente . Em um dado momento, ela cai e começa a perseguir o homem armada. Um assessor da deputada chegou a atirar no chão.
Zambelli afirmou que foi agredida pelo jornalista Luan Araújo, mas as gravações rebatem as declarações e mostram que ela tropeçou e caiu. A vítima promete processar a parlamentar por racismo.
Ainda em dezembro, Gilmar Mendes suspendeu o porte de armas de Carla Zambelli e determinou a entrega do revólver usado no dia. Ele ainda autorizou uma operação que apreendeu outras três armas na casa da deputada .
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