O ex-presidente Jair Bolsonaro
(PL) acusou no sábado (11) a equipe do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva (PT) de não ter “interesse em ajudar” os Yanomami
. Em evento promovido por uma igreja evangélica na Flórida, nos Estados Unidos
, ele não prestou solidariedade aos indígenas que passam por uma terrível crise sanitária.
“Essa questão yanomami agora. A intenção não é atender a esses. Porque ali tá misturado, 40% da terra yanomami tá no Brasil e 60% tá na Venezuela. É uma região ourífera, com riquezas incomensuráveis. Se não tivesse riqueza lá, não seria demarcado como terra indígena. Os interesses são muitos. Não há interesse em ajudar a população”, discursou.
Bolsonaro também criticou a demarcação de novas terras indígenas, no entanto, não apresentou nenhum dado técnico para defender sua tese. “Isso é pelo meio ambiente? Não é. Por que esse ataque? É econômico. Estão preocupados com nosso bem-estar dos nossos irmãos indígenas? Não. A preocupação é com as girafas da Amazônia”, comentou.
O garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami aumentou em quase 55% durante o governo anterior. O Portal Uol também revelou que a gestão Bolsonaro soube da fome enfrentada pelo grupo, mas cortou a doação de comida. A Polícia Federal lançou uma operação para interromper a logística do garimpo ilegal na região.
Bolsonaro voltará ao Brasil
Enfrentando uma série de processos, Bolsonaro reafirmou no evento que voltará ao Brasil “nas próximas semanas”. Porém, ele não contou qual data pretende estar de volta em solo brasileiro.
O ex-presidente deixou o Brasil em 30 de dezembro e desembarcou nos Estados Unidos no dia 31 do mesmo mês. Ele conseguiu um visto diplomático para ficar no país norte-americano.
No fim de janeiro, já sem o mandato de presidente da República, ele teve que pedir um novo visto, mas de visitante. Desta forma, o político só pode ficar nos EUA durante seis meses.
Bolsonaro foi eleito presidente do Brasil em 2018 e tentou a reeleição no ano passado. Porém, Lula conseguiu derrotá-lo e assumiu o cargo em primeiro de janeiro deste ano, iniciando um terceiro mandato. Só que o capitão da reserva tem dito nos bastidores que pretende concorrer novamente à função em 2026.
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