Os governadores filiados ao PSDB confirmaram nesta segunda-feira (9) que participarão de uma reunião com outros líderes estaduais e com o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O encontro será para debater quais ações os estados deverão adotar para impedir que novos atos terroristas e antidemocráticos ocorram no Brasil.
Os governadores Eduardo Leite , do Rio Grande do Sul, Raquel Lyra , de Pernambuco, e Eduardo Riedel , do Mato Grosso do Sul, divulgaram uma nota em conjunto com o PSDB para falar sobre o tema.
“Como governadores, temos responsabilidade, em nossos estados, de manter a ordem. Nossas polícias estão preparadas para conter qualquer tipo de agressão”, garantiu o chefe do estado gaúcho. “Em defesa da nossa democracia, a Constituição e a ordem institucional”.
“O Brasil precisa de união. As pessoas querem saber como vão trabalhar, como vão ter comida na mesa. E nós, nos estados, estamos aqui para garantir que o país tenha paz social”, acrescentou Raquel Lyra.
“Não podemos aceitar qualquer tipo de agressão contra as instituições. Estamos aqui para trabalhar pelo que as pessoas querem”, concluiu Riedel.
A reunião de emergência está marcada para acontecer às 18h. O objetivo do encontro é apresentar que todos estão unidos para enfrentar qualquer tipo de ato terrorista dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ). Os atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília no último domingo (8) preocuparam todas as autoridades.
Os governadores e Lula vão debater e traçar planos para atuar em conjunto na segurança pública. As medidas definidas na noite de hoje serão apresentadas para a sociedade pelos líderes políticos.
Dos 27 governadores, apenas um afirmou que não vão participar. Jorginho Mello (PL-SC), de Santa Catarina, apenas comunicou através da sua assessoria que não estará na reunião.
O terrorismo em Brasília
Na tarde de ontem, milhares de pessoas invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Os prédios foram depredados e policiais acabaram sendo agredidos por terroristas. Após horas, a PM do Distrito Federal retirou os golpistas dos prédios.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou a realização de intervenção federal em Brasília para evitar que novos ataques ocorressem na capital federal.
Mais de 1,2 mil pessoas foram presas por participarem dos movimentos terroristas e antidemocráticos, de acordo com o Ministério da Justiça. Os acampamentos no QG do Exército começaram a ser desmontados em vários estados após determinação do Supremo Tribunal Federal.
A Justiça iniciou uma série de investigações para saber quem financiou os movimentos terroristas em Brasília. Senadores também passaram a recolher assinaturas para abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para saber quem são os responsáveis do episódio.
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