O ministro Luís Roberto Barroso
, do STF
(Supremo Tribunal Federal), disse nesta segunda-feira (14) que o Brasil necessita de um pacto de “consensos”. Na avaliação do magistrado, durante discurso na primeira edição do Lide Brazil Conference
, no HCNY (Harvard Club of New York), nos Estados Unidos, os brasileiros precisam construir “denominadores comuns”.
Na opinião dele, as pessoas pensam de maneiras diferentes, mas consideram as seguintes pautas fundamentais para o desenvolvimento do Brasil: combate à pobreza e à fome; desenvolvimento sustentável; educação básica; ciência e tecnologia; e empreendedorismo e livre iniciativa.
“A lista seria enorme, mas eu começo por evidente com combate à pobreza e à fome. Um país que tem gente passando fome precisa parar tudo e ir cuidar disso”, comentou o ministro. “Segundo, precisamos de desenvolvimento sustentável. Sem crescimento econômico, não há o que distribuir. Terceiro, prioridade absoluta para educação básica. Foi isso que nos atrasou na história e precisamos investir nisso”.
Barroso demonstrou muita preocupação com a educação brasileira. Ele comentou que o problema no setor não é a “escola sem partido, identidade de gênero ou se 64 foi golpe ou não foi” e quem acredita que seja isso está “assustado com a assombração errada”.
O magistrado também avaliou a eleição brasileira. Na opinião dele, foi criada uma “lenda” no país de que o STF trabalha contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). O Supremo é a favor da Constituição e das leis. Todos os presidentes têm queixas contra o STF”, ressaltou.
“O povo já se pronunciou. A eleição terminou. E agora só cabe respeitar o resultado. A vida na democracia é simples assim. O resto é intolerância, espírito antidemocrático, senão selvageria”, concluiu.
Grupo Lide
A primeira edição do evento iniciou nesta segunda no HCNY (Harvard Club of New York), nos Estados Unidos. O maior foco da reunião é discutir a liberdade, a democracia e a economia do país a partir do ano que vem.
O primeiro dia do Lide Brazil conta com a presença de ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), do TCU (Tribunal de Contas da União) e autoridades brasileiras, além de 260 empresários.
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