Bolsonaro acena durante o Desfile Cívico-Militar por ocasião das Comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil
Alan Santos/PR - 07.09.2022
Bolsonaro acena durante o Desfile Cívico-Militar por ocasião das Comemorações do Bicentenário da Independência do Brasil

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) ficou completamente frustrada com o resultado da nova pesquisa Ipec , divulgada na última segunda-feira (12). A equipe não acredita mais que o mandatário conseguirá se aproximar do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no primeiro turno. O foco agora é impedir o voto útillevar a disputa para o segundo turno das eleições 2022 .

O conselho dado ao chefe do executivo federal é que ele tenha um discurso mais suave para não fazer os eleitores mais moderados embarcarem na campanha petista já no primeiro turno. Na avaliação dos aliados bolsonaristas, um segundo turno será uma oportunidade de deixar o “jogo de igual para igual”.

Em um primeiro momento, Bolsonaro concordou com a sua equipe e mudou o discurso na noite de ontem. Ele se desculpou por declarações que realizou na pandemia, dizendo “estar arrependido”. Também lamentou ter dito que “deu uma fraquejada” ao ter uma filha mulher.

A campanha quer o governante usando um tom conciliador e “paz e amor” para não causar pânico nos eleitores mais moderados. A ideia é fazer com que sua rejeição diminua e a corrida eleitoral não termine no próximo dia 2 de outubro.

A estratégia não é por acaso. Em um eventual segundo turno, Bolsonaro teria o mesmo espaço que Lula na propaganda eleitoral e o confrontaria com maior tempo em debates. Além disso, as ações do governo na área econômica teriam mais tempo de surtir efeito para a população.

Bolsonaro sofre baque com a pesquisa Ipec

A mudança de postura tem a ver com o resultado da pesquisa Ipec. Sua campanha esperava uma diminuição na diferença em relação a Lula. Porém, o ex-presidente saltou de 44% para 46%, voltando a vencer no primeiro turno, enquanto Bolsonaro se manteve nos 31%.

Além disso, o chefe do executivo federal viu a desaprovação do seu governo crescer de 57% para 59%. A rejeição também aumentou de 49% para 50%, o que ficou dentro da margem de erro.

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