No último domingo (28), a campanha de Jair Bolsonaro (PL) entrou em campo para mudar a rota e diminuir os danos causados pelo candidato após o ataque feito contra a jornalista Vera Magalhães, no debate da Band.
A equipe rapidamente identificou, através de telefonemas e mensagens em aplicativos, que o eleitorado feminino, principalmente as que fazem parte do grupo de baixa renda, não gostou nem um pouco do comportamento do presidenciável.
No intervalo do segundo para o terceiro bloco, o QG bolsonarista passou as informações para o candidato à reeleição e explicou que era preciso alterar os planos. Inicialmente, o foco na última parte seria falar de pautas ideológicas, ressaltando as alianças feitas por Lula com a Venezuela e Cuba.
No entanto, a campanha pediu que Bolsonaro falasse das ações que o seu governo em favor das mulheres. Também foi solicitado para que ele não fizesse a sua pergunta Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil), optando por enfrentar Ciro Gomes (PDT).
Não por acaso, o presidente relembrou a frase do pedetista feita em 2002, quando o ex-governador do Ceará afirmou que o “melhor papel” da atriz Patrícia Pillar, sua ex-esposa, era “dormir ao lado dele”. Ciro se desculpou, mas adversários seguem trazendo o assunto à tona.
Na avaliação da campanha, Bolsonaro foi bem no confronto direto contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Por outro lado, a identificação é que o petista não deve perder eleitor, enquanto o chefe do executivo federal pode ter afastado o eleitorado feminino.
Agora o QG do presidente fará uma análise para saber se compensa ele participar de outros debates e sabatinas. Essa decisão só sairá depois de avaliações das próximas pesquisas.
Entre no canal do Último Segundo no Telegram
e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo. Siga também o perfil geral do Portal iG.