A oposição venezuelana relatou nesta terça-feira (27) o "sequestro" do advogado Perkins Rocha, homem que atuava como porta-voz e assessor jurídico dentro da campanha de Edmundo González, ex-candidato à presidência do país.
“Denunciamos o sequestro de nosso contato com o Conselho Nacional Eleitoral e assessor legal, Perkins Rocha. Sujeitos não identificados o levaram à força. Exigimos informação e sua imediata libertação”, disse o movimento político Vente Venezuela, em publicação na rede social X.
María Corina Machado, líder opositora, que optou por apoiar González na corrida presidencial após não conseguir registrar sua própria candidatura, declarou que Rocha, a quem chamou de “seu amigo e companheiro de causa”, foi “sequestrado” pelo “regime de Nicolás Maduro”.
“Perkins, por todos os presos e perseguidos, e pela Venezuela inteira. Seremos livres”, escreveu Machado também no X.
Conforme dados de uma organização de direitos humanos, a Foro Penal, mais de 1.500 pessoas, incluindo 107 adolescentes, foram detidas no país desde as eleições de 28 de julho.
A oposição vem frequentemente apontando para casos de pessoas “sequestradas” por indivíduos não identificados nos últimos meses, enquanto o impasse político no país se agrava. As pessoas permanecem desaparecidas até autoridades confirmarem as suas detenções.
Ainda não houve, no entanto, confirmação da prisão de Perkins Rocha por meio do Ministério Público da Venezuela.
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