A Polícia Federal marcou o retorno de Muslim e sua família para Kuala Lumpur
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A Polícia Federal marcou o retorno de Muslim e sua família para Kuala Lumpur


A juíza Milenna Marjorie Fonseca revogou uma decisão anterior e permitiu a repatriação do palestino Muslim Abuumar, que foi detido pela Polícia Federal no último sábado (21) no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Abuumar, de 36 anos, é casado e pai de um bebê de seis meses.

A detenção ocorreu quando Abuumar chegou ao Brasil vindo da Malásia com sua esposa, que está grávida de sete meses. O nome de Abuumar estava em uma lista de alerta da Interpol.

Inicialmente, sua defesa conseguiu uma liminar que adiou a repatriação, alegando xenofobia e afirmando que não havia motivos para sua deportação. No entanto, a juíza Milenna derrubou a liminar e autorizou que a Polícia Federal procedesse com a repatriação.

O Ministério Público Federal se manifestou favorável à repatriação. De acordo com a Polícia Federal, Abuumar é membro do gabinete internacional do grupo terrorista Hamas, responsável por ataques contra Israel em outubro do ano passado, desencadeando o atual conflito na Faixa de Gaza.

A Polícia Federal marcou o retorno de Muslim e sua família para Kuala Lumpur, onde residem, para a noite deste domingo (23).

Investigadores acreditam que o palestino veio ao Brasil com a esposa grávida na intenção de que o bebê nascesse no país, o que facilitaria a obtenção da cidadania brasileira para toda a família. A defesa de Abuumar, por sua vez, afirma que ele veio visitar o irmão que mora no Brasil.


Posição do presidente do Instituto Brasil-Palestina

O Presidente do Instituto Brasil-Palestina, Ahmad Shehada, acusou a Polícia Federal de agir com xenofobia e afirmou que Abuumar foi interrogado ao chegar ao Brasil.

"Não tenho dúvidas de que existe uma cooperação entre os serviços de inteligência e este caso comprova isso. Muslim Abuumar é um professor universitário, tem boas relações com o governo da Malásia, onde mora há anos. Ele é sim um ativista pelos direitos do povo palestino, como eu também sou. Esse é mais um caso de xenofobia", afirmou Shehada ao Portal UOL.

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