Um motorista do Uber suspeito de sequestrar e abusar de uma passageira embriagada em Seattle, nos Estados Unidos, chegou machucado e enfaixado na audiência após ser espancado pela família da jovem no momento do crime. Ahmed Ali, de 58 anos, foi ao tribunal nesta segunda-feira (17) para responder às acusações. As informações são da emissora KOMO News.
O caso aconteceu no último sábado. Segundo o Gabinete do Xerife do Condado de Thurston, o motorista buscou a mulher em um bar, onde confraternizava com os amigos, e deveria levá-la para a casa dela.
Um amigo pediu a viagem para a mulher por meio do aplicativo, pois ela estava muito bêbada para voltar sozinha.
O suspeito, então, usou o aplicativo de Uber para simular que havia deixado a mulher em casa, que ficava a 12 minutos do local de partida. No entanto, ele a levou para um local isolado, uma parada de pesca que fica a uma hora de Seattle.
Os amigos da vítima foram até a casa dela cerca de 30 minutos após ela embarcar na viagem, mas não a encontraram lá. Com isso, o grupo alertou o pai da vítima, que localizou a filha por meio de um aplicativo de rastreamento.
O pai da jovem se dirigiu às pressas para o local indicado, acompanhado de um grupo de amigos e familiares. O grupo a encontrou nua na traseira do Uber, sendo agredida sexualmente por Ali.
O motorista tentou puxar as calças e passar para a frente do carro para fugir, mas os familiares da vítima começaram a espancá-lo. Durante a agressão, o pai teria sacado uma arma e disparado dois tiros contra o criminoso – os dois erraram o alvo. Durante a investigação, as autoridades relataram ter encontrado duas cápsulas de bala na área.
Os familiares da jovem chamaram a polícia e os paramédicos. Ali recusou ajuda médica e saiu da cena, enquanto outros agentes cuidavam da vítima. Entretanto, um delegado do xerife do condado de Thurston se deparou com o motorista na estrada, gravemente ferido, sangrando muito na cabeça e nas mãos. Com isso, ele foi levado ao hospital.
Nova audiência
Ali deve comparecer a uma nova audiência de acusação em 2 de julho.
“Marcar a corrida como finalizada no aplicativo Uber, mas continuar a transportá-la para outro local, demonstrou a intenção de ocultar a localização onde ele acreditava que ninguém poderia encontrá-la para que ele pudesse agredi-la sexualmente”, disse o promotor adjunto do condado de Thurston, Rudy Breteler, no tribunal nesta segunda-feira, de acordo com a emissora KOMO News.
O juiz do Tribunal Superior, John Skinder, deu a Ali uma fiança de US$ 100 mil e decidiu que o suspeito deveria usar um monitor GPS se pagar fiança.
Em comunicado, o aplicativo classificou as supostas acusações do motorista como “terríveis” e afirma que o acusado “não tem lugar em nossa sociedade ou na plataforma Uber".
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