Palestinos caminham entre edifícios destruídos em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, em 23 de abril de 2024
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Palestinos caminham entre edifícios destruídos em Khan Yunis, sul da Faixa de Gaza, em 23 de abril de 2024


O líder do  Hamas, Yahya Sinwar, é alvo de denúncias que agora vêm à tona, revelando práticas opressivas e intrusivas do grupo terrorista na Faixa de Gaza.  Anos de comando têm sido marcados pela atuação de uma polícia secreta, o Serviço de Segurança Geral, que espionava implacavelmente os cidadãos palestinos.

Segundo relatos de inteligência e documentos internos revisados ​​pelo jornal norte-americano  The New York Times , essa unidade realizava vigilância indiscriminada, arquivava informações sobre qualquer pessoa que questionasse o governo, participasse de protestos ou criticasse publicamente o  Hamas.

Essa unidade, chamada de Serviço de Segurança Geral, contava com uma rede de informantes em Gaza, alguns dos quais denunciavam seus próprios vizinhos para a polícia.

Pessoas entravam nos arquivos de segurança por participarem de protestos ou criticarem publicamente o Hamas. Em alguns casos, os registros sugerem que as autoridades vigiavam as pessoas até mesmo para saber se estavam em relacionamentos românticos fora do casamento.

É importante destacar que o grupo terrorista, apesar de se representar como defensor do povo de Gaza, não tolerava qualquer forma de dissidência ou discordância. A liberdade de expressão era sufocada, as redes sociais eram monitoradas e as críticas eram removidas, enquanto protestos políticos eram vistos como ameaças a serem neutralizadas, conforme os registros.

Os documentos fornecidos ao jornal britânico  The Times por oficiais da inteligência militar israelense, que afirmam tê-los apreendido em operações em Gaza, detalham a extensão dessas práticas invasivas.

A direção de inteligência militar menciona a existência de arquivos com informações sobre pelo menos 10.000 palestinos em Gaza, refletindo a escala da espionagem e vigilância.

Essa unidade do Serviço de Segurança Geral — formalmente parte do Hamas, mas operando como uma força governamental —  não hesitava em adotar táticas questionáveis para reprimir a dissidência.

Censura, intimidação e vigilância constante eram os pilares dessa operação de controle social, comparável a agências de segurança de regimes autoritários.

As práticas documentadas também revelam a tentativa do Hamas de impor uma ordem social conservadora, investigando e monitorando indivíduos por comportamentos considerados "imorais".

Isso incluiu até mesmo o monitoramento de jornalistas estrangeiros que visitaram Gaza, uma prática que denota a paranoia do grupo em relação à sua imagem pública.

Em entrevistas conduzidas pelo The Times , pessoas nomeadas nos arquivos confirmaram eventos importantes e descreveram interações que se alinhavam com os relatórios secretos. Um exemplo é o jornalista Ehab Fasfous, que se viu na mira das autoridades após criticar publicamente o Hamas.

O relatório do Serviço de Segurança Geral sugeria ações como difamação de opositores, demonstrando uma abordagem agressiva para silenciar opositores.

Essas práticas opressivas do Hamas não se limitam a uma questão interna. O grupo é reconhecido internacionalmente como um ator terrorista devido às suas ações violentas e estratégias de controle.

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