O líder do Hamas, Yahya Sinwar, é alvo de denúncias que agora vêm à tona, revelando práticas opressivas e intrusivas do grupo terrorista na Faixa de Gaza. Anos de comando têm sido marcados pela atuação de uma polícia secreta, o Serviço de Segurança Geral, que espionava implacavelmente os cidadãos palestinos.
Segundo relatos de inteligência e documentos internos revisados pelo jornal norte-americano The New York Times , essa unidade realizava vigilância indiscriminada, arquivava informações sobre qualquer pessoa que questionasse o governo, participasse de protestos ou criticasse publicamente o Hamas.
Essa unidade, chamada de Serviço de Segurança Geral, contava com uma rede de informantes em Gaza, alguns dos quais denunciavam seus próprios vizinhos para a polícia.
Pessoas entravam nos arquivos de segurança por participarem de protestos ou criticarem publicamente o Hamas. Em alguns casos, os registros sugerem que as autoridades vigiavam as pessoas até mesmo para saber se estavam em relacionamentos românticos fora do casamento.
É importante destacar que o grupo terrorista, apesar de se representar como defensor do povo de Gaza, não tolerava qualquer forma de dissidência ou discordância. A liberdade de expressão era sufocada, as redes sociais eram monitoradas e as críticas eram removidas, enquanto protestos políticos eram vistos como ameaças a serem neutralizadas, conforme os registros.
Os documentos fornecidos ao jornal britânico The Times por oficiais da inteligência militar israelense, que afirmam tê-los apreendido em operações em Gaza, detalham a extensão dessas práticas invasivas.
A direção de inteligência militar menciona a existência de arquivos com informações sobre pelo menos 10.000 palestinos em Gaza, refletindo a escala da espionagem e vigilância.
Essa unidade do Serviço de Segurança Geral — formalmente parte do Hamas, mas operando como uma força governamental — não hesitava em adotar táticas questionáveis para reprimir a dissidência.
Censura, intimidação e vigilância constante eram os pilares dessa operação de controle social, comparável a agências de segurança de regimes autoritários.
As práticas documentadas também revelam a tentativa do Hamas de impor uma ordem social conservadora, investigando e monitorando indivíduos por comportamentos considerados "imorais".
Isso incluiu até mesmo o monitoramento de jornalistas estrangeiros que visitaram Gaza, uma prática que denota a paranoia do grupo em relação à sua imagem pública.
Em entrevistas conduzidas pelo The Times , pessoas nomeadas nos arquivos confirmaram eventos importantes e descreveram interações que se alinhavam com os relatórios secretos. Um exemplo é o jornalista Ehab Fasfous, que se viu na mira das autoridades após criticar publicamente o Hamas.
O relatório do Serviço de Segurança Geral sugeria ações como difamação de opositores, demonstrando uma abordagem agressiva para silenciar opositores.
Essas práticas opressivas do Hamas não se limitam a uma questão interna. O grupo é reconhecido internacionalmente como um ator terrorista devido às suas ações violentas e estratégias de controle.
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