O governo ucraniano alertou nesta segunda-feira (18) que a guerra deflagrada pela Rússia em seu território desde fevereiro de 2022 está perto de ultrapassar um "ponto sem retorno".
Em entrevista à Euractiv, o primeiro-ministro da Ucrânia, Denys Shmyhal, afirmou que o conflito está passando o "ponto de não retorno" em termos de consequências para a Europa.
Além disso, destacou que nenhum país europeu "permanecerá ileso" se o conflito não tiver um desfecho justo.
"O presidente russo, Vladimir Putin, conta com a erosão da nossa unidade: devemos decepcioná-lo e devemos estar unidos enquanto for necessário para vencer esta guerra", afirmou.
Segundo Shmyhal, existe a necessidade de "salvar a unidade da União Europeia, na Ucrânia e dentro dos Estados-membros da UE". Entretanto, destacou que Kiev "acredita que será capaz de iniciar negociações de adesão [à UE] no primeiro semestre deste ano.
"O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, definiu 2030 como uma meta possível para um maior alargamento da UE, mas faremos o nosso melhor pela Ucrânia para garantir que isso aconteça mais cedo, imediatamente após a nossa vitória" sobre a Rússia, ressaltou.
Por fim, ele alertou que o conflito está a "ultrapassar um ponto sem retorno" e que "nenhum país permanecerá ileso", se não houver um resultado justo para o fim da guerra que já provocou a morte de milhares de civis.
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