Pela primeira vez, um homem foi morto por asfixia com nitrogênio após condenação nos Estados Unidos. O caso aconteceu no estado de Alabama, na noite de desta quinta-feira (25). O condenado foi Kenneth Smith, de 58 anos.
O método, que nunca foi utilizado em nenhuma pena de morte em todo o mundo, é fortemente condenado pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Anistia Internacional.
Smith foi condenado em 1989 por assassinar uma mulher em 1988. Ele perdeu dois recursos na Suprema Corte dos EUA e outro para adiar a execução.
O assassinato foi encomendado pelo marido dela, um pastor, que se suicidou. A condenação de Smith aconteceu em 1996. Além dele, outro homem participou do homicídio e já foi executado pelo estado do Alabama.
Smith levou 25 minutos para morrer, segundo jornalistas que presenciaram a execução. Antes de vir a óbito, ele afirmou que "o Alabama faz com que a humanidade dê um passo para trás", de acordo com testemunhas.
Kay Ivey, governadora do Alabama, confirmou a morte de Kenneth Smith às 23h25 (02h25 em Brasília). "Depois de mais de 30 anos e tentativa após tentativa de manipular o sistema, o Sr. Smith respondeu por seus crimes horrendos", disse ela.
A morte pelo nitrogênio faz com que o corpo não consiga respirar o oxigênio. Para isso, foi colocado uma máscara no rosto de Smith, fazendo com que ele inalasse puramente o gás nitrogênio.
Nos primeiros dias do ano, a ONU solicitou às autoridades norte-americanas que não levassem adiante a execução por asfixia por nitrogênio, alegando que o método pode submeter o indivíduo a "tratamento cruel, desumano ou degradante ou até mesmo à tortura".