O desembargador federal William Douglas
Raphael Monteiro/Divulgação
O desembargador federal William Douglas


Em tempos de ódio, agir com moderação em geral incomoda os dois lados, mas é a única forma de achar o caminho da paz e da coexistência.

Anoto de forma resumida minhas impressões e as “tarefas” de cada um.

Obviamente, Israel tem o direito de se defender e não se pode relativizar terrorismo. Em paralelo, superado este momento, é preciso buscar uma solução além da militar.

GAZA

  • Devolver os reféns
  • Fazer eleições (a última: 2006)
  • Usar o dinheiro que chega com o povo, com água e energia, desenvolvimento social, e não com túneis e mísseis
  • Não ser base militar do Irã
  • Retomar a democracia e não votar em terroristasISRAEL
  • Devolver todos os assentamentos ilegais
  • Não aproveitar a inércia árabe para tomar a Cisjordânia
  • Não achar que a solução militar resolve o problema
  • Não deixar os terroristas conduzirem o processo
  • Querer mais a paz do que a vingança
  • Não usar o terrorismo como desculpa para desistir dos 2 Estados

PAÍSES ÁRABES

  • Acabar com os 3 “Não’s”
  • Libertar Gaza do Hamas
  • Gastar + dinheiro com Gaza do que com futebol
  • Ajudar mais os palestinos e garantir que usem o dinheiro com o povo e não com armas.

BRASIL

  • Reconhecer que o Hamas é terrorista
  • Lembrar mais dos 240 reféns
  • Ser mais imparcial
  • Usar sua influência com o Irã para este fazer sua parte para acabar c/ a guerra
  • Usar seu grande potencial para ajudar a mediar a solução dos 2 Estados ONU
  • Jogar limpo, coisa que não faz há muito tempo.
  • Impedir o Irã de financiar o terrorismo e de buscar a destruição de Israel IRÃ
  • Não financiar o terrorismo
  • Não usar Gaza, Líbano, Síria e Iêmen como bases terroristas
  • Abrir mão do plano de exterminar Israel
  • Parar de perseguir os homossexuais
  • Parar de surrar e matar moças que não estejam usando o Hijab

PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS

  • Lembrar que há + de 1,5 milhão de árabes c/ cidadania israelense. Isso não é apartheid.
  • Lembrar que Israel saiu de Gaza em 2005. Não é uma prisão. Aliás, tem saída para o Egito.
  • Lembrar que a última eleição em Gaza foi em 2006. O Hamas mantém uma ditadura.
  • Lembrar que as verbas humanitárias são desviadas para corrupção e para armas.
  • Lembrar que estupro, sequestro e tortura de civis, de mulheres, bebês, crianças e idosos não são nem nunca serão “resistência”MÍDIA
  • Ser cuidadosa e imparcial em relação aos fatos. Checar mais antes de publicar.
  • Ver de forma igual o lado dos civis palestinos e civis judeus, que também estão sendo alvos de mísseis.
  • Respeitar o direito dos 2 povos terem seu Estado
  • Lembrar que os árabes já recusaram os 2 Estados por 5 vezes
  • Lembrar dos assentamentos ilegais na Cisjordânia
  • Assumir que o Hamas é uma organização terrorista e uma ditadura
  • Ter mais sororidade contra o estupro de mulheres e crianças


HAMAS

Não coloco aqui “tarefas” para o Hamas, pois é um grupo terrorista que tortura, mata, estupra e sequestra civis, mulheres, bebês, crianças e idosos, que usa civis palestinos e sequestrados como escudo humano, que quer a destruição do outro lado e que usa verbas humanitárias para construir túneis e armas. Não tem como se negociar com esse grau de terrorismo.

PLANETA TERRA

Rejeitar e combater peremptoriamente o antissemitismo.

William Douglas

William Douglas é Desembargador federal e integrante da Turma de Direito Tributário do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2). É professor, escritor, Mestre em Estado e Cidadania e pós-graduado em Políticas Públicas e Governo.

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