O grupo Hamas negou a existência de um plano de troca de prisioneiros com Israel. A informação foi dada nesta segunda-feira (9) por um membro da cúpula política do grupo, em Doha, no Qatar. Desde o último sábado (7), quando começou a série de ataques contra o país, mais de 1,2 pessoas morreram e dezenas foram sequestradas pelo grupo extremista.
"A operação militar continua [...], portanto, atualmente, não há possibilidade de negociação sobre a questão dos prisioneiros ou qualquer outra coisa", disse Hossam Badran à AFP
.
"A nossa missão agora é fazer todo o possível para evitar que a ocupação continue cometendo massacres contra o nosso povo em Gaza, atingindo diretamente as casas de civis", continuou.
Segundo a Associated Press
, são 800 mortos em território israelense e 400 na Faixa de Gaza.
Além destes, cerca de 4.500 ficaram feridos no conflito.
Mediadores do Qatar tentam, desde sábado à noite, negociar a liberdade de mulheres e crianças israelenses sequestradas pelo Hamas e detidas em Gaza , em troca da libertação de 36 mulheres e crianças palestinas das prisões de Israel. As negociações, segundo a Reuters , têm sido conduzidas em coordenação com os Estados Unidos.
"Estamos em contato constante com todos os lados neste momento. Nossas prioridades são acabar com o derramamento de sangue, libertar os prisioneiros e garantir que o conflito seja contido sem repercussões regionais", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Majed Al-Ansari, à agência.
Nesta segunda, o Exército de Israel ordenou o cerco total à Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas, como resposta à ofensiva lançada contra o país. De acordo com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, o bloqueio inclui a proibição da entrada de alimentos, combustíveis e o corte de energia elétrica do enclave.
Segundo Gallant, Israel está lutando contra "humanos animais" e as medidas estão "de acordo" com isso.