Gustavo Petro, presidente da Colômbia
Reprodução: Redes Sociais
Gustavo Petro, presidente da Colômbia

Nicolás Petro , filho do presidente da Colômbia , Gustavo Petro, afirmou que a campanha presidencial do pai em 2022 recebeu dinheiro do narcotráfico. A informação foi dada ao Ministério Público colombiano.

O promotor Mario Andrés Burgos leu durante audiência que Nicolás, réu por lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito, assumiu o compromisso de "especificar o possível aporte de vultosas somas de dinheiro de grandes empresários sem que parte delas tenha sido declarada, o que permitirá ao Ministério Público abrir outras linhas de investigação".

Entre os envolvidos no caso estão o ex-narcotraficante Samuel Santander Lopesierra e Alfonso "El Turco" Hilsaca, que é investigado por possíveis ligações com paramilitares.

"[Nicolás] prestou informações relevantes que até o momento o Ministério Público desconhecia, inclusive o financiamento da última campanha presidencial do atual presidente Gustavo Petro e dinheiro que entrou na campanha que teria ultrapassado os limites mínimos permitidos por lei", disse o procurador.

A denúncia de Nicolás Petro se junta ao outro processo judicial que apura o financiamento da campanha de Gustavo. Recentemente, vazaram áudios do ex-embaixador na Venezuela, Armando Benedetti questionando o financiamento da campanha presidencial.

Na gravação, Benedetti diz que a ex-chefe de gabinete, Laura Sarabia ajudou a arrecadar 15 bilhões de pesos (cerca de R$ 18,1 milhões) para a campanha, e acrescenta: "leia como começou o [processo] filho da puta 8.000 e por que começou, aí está a chave para tudo".


Após a prisão de Nicolás, que ocorreu em 29 de julho, Gus tavo Petro declarou:

"Como pessoa e como pai, me machuca muito tanta autodestruição e o fato de um dos meus filhos ir para a cadeia. Desejo sorte e força ao meu filho. Que esses acontecimentos forjem seu caráter e que ele reflita sobre seus próprios erros", afirmou. "Como Presidente da República, asseguro que o Ministério Público tem todas as garantias da minha parte para proceder nos termos da lei. Como afirmei perante o procurador-geral, não vou intervir ou pressionar suas decisões; deixe a lei guiar livremente o processo".

Nicolás Petro foi preso Daysuris Vásquez, que o acusou de ter ligação com traficantes de drogas e contrabandistas.

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