O Departamento de Estado dos Estados Unidos pediu " moderação " da China nos exercícios militares ao redor de Taiwan . As atividades começaram na manhã deste sábado em represália ao encontro entre a presidente da ilha asiática, Tsai Ing-wen, e o presidente da Câmara dos Deputados americana, Kevin McCarthy, na quarta-feira na Califórnia.
Segundo as Forças Armadas chinesas, as manobras durarão três dias.
"Este é um alerta severo para as atividades provocativas das forças secessionistas da 'independência de Taiwan ' e seu conluio com forças externas, e um movimento necessário para salvaguardar a soberania nacional e a integridade territorial", pontuou o porta-voz chinês.
Os Estados Unidos afirmaram que estão "monitorando de perto as ações de Pequim".
"Nossos canais de comunicação com a República Popular da China seguem abertos e sempre temos pedido moderação e que não se mude o status quo", disse em nota um porta-voz do Departamento de Estado americano.
"Estamos confiantes em que contamos com recursos e capacidade suficientes na região para garantir a paz e a estabilidade e honrar nossos compromissos de segurança nacional", completou.
"O exercício de hoje [sábado] se concentra na capacidade de tomar o controle do mar, o espaço aéreo e da informação para criar uma dissuasão e um cerco total de Taiwan", justificou a China em nota.
Na última quarta-feira (5), o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Kevin McCarthy, se encontrou com Tsai Ing-wen, presidente de Taiwan . Os políticos se reuniram na Biblioteca Presidencial Ronald Reagan, localizada na Califórnia.
Nas redes sociais, o presidente da Câmara dos EUA afirmou que as relações entre o povo norte-americano com a população taianesa "nunca foi tão forte" ao postar uma foto ao lado de Tsai.
Violação territorial
O Ministério de Relações Exteriores da China afirmou, na última quinta-feira (6), que as relações oficiais mantidas entre os Estados Unidos e Taiwan violam "gravemente" a integridade territorial do país asiático.
De acordo com Mao Ning, porta-voz do ministério, os norte-americanos se aproximam de autoridades taiwanesas com o intuito de conspirar com "atividades políticas dos separatistas" que buscam a independência da Taiwan em relação à China.
"Esta é uma violação grave do princípio de Uma Só China e das disposições dos três comunicados conjuntos China-EUA. Infringe gravemente a soberania e a integridade territorial da China e envia um sinal flagrantemente errado às forças separatistas da “independência de Taiwan”, disse a porta-voz.
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