Sindicato negou que a greve tenha sido aprovada
Rovena Rosa/Agência Brasil
Sindicato negou que a greve tenha sido aprovada

Motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo anunciaram uma paralisação para esta sexta-feira (1). O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo, no entanto, negou que tenha convocado a greve.

A entidade afirma que um grupo, que concorreu pela Chapa 4 na última eleição sindical, anunciou a medida para “coagir o Poder Judiciário”, após anulação dos resultados das eleições do SindMotoristas no dia 23.

“Qualquer paralisação no sistema de transporte urbano de São Paulo não terá a participação do SindMotoristas e será considerada exploração política de uma chapa de oposição que busca afrontar o Poder Judiciário e obter vantagens indevidas explorando a boa fé da categoria profissional”, diz a nota do Sindicato, assinada pelo presidente José Valdevan de Jesus Santos. 

“Essas pessoas buscam coagir o Poder Judiciário para validarem de qualquer maneira uma eleição viciada e fraudulenta, obtendo vantagem manifestamente indevida e ilícita”, complementa. O grupo contesta a liminar que suspendeu as eleições realizadas entre os dias 21 e 22 de novembro. 

Três das quatro chapas envolvidas na disputa eleitoral do Sindicato dos Motoristas pediram o adiamento da votação por três meses e a substituição das cédulas de papel por urnas eletrônicas. 

A suspensão do resultado da eleição atendeu a um pedido de uma das chapas da disputa, o Grupo Oposição e Luta. A chapa que representa a atual diretoria do sindicato, Resgate Raiz (Chapa 4), venceu a disputa com cerca de 14 mil dos 20 mil votos.

A Chapa 4, no entanto, ressaltou que o estatuto prevê que as eleições sejam realizadas com cédulas impressas. O adiamento havia sido aprovado em reunião da categoria no dia 20, mas a Justiça do Trabalho anulou a assembleia e manteve a eleição. O cancelamento da eleição foi confirmado em segunda instância pelo tribunal.

Leia a nota do Sindicato na íntegra:

“Qualquer paralisação no sistema de transporte urbano de São Paulo não terá a participação do Sindmotoristas e será considerada exploração política de uma chapa de oposição que busca afrontar o Poder Judiciário e obter vantagens indevidas explorando a boa fé da categoria profissional.

O Sindmotoristas tomará todas as medidas judiciais e extra judiciais cabíveis para assegurar que os direitos dos trabalhadores, a ordem e a legalidade, inclusive requerendo a imediata aplicação de multa diária de R$50 mil, determinada pelo TRT da 2ª Região a cada integrante da comissão eleitoral e ao encabeçador da Chapa 4, e, na insistência de interferirem no sistema de transporte coletivo urbano de São Paulo para obtenção de fins escusos, será pedida a prisão dos responsáveis por esta paralisação ilegal e indevida, uma vez em que a população não pode ser penalizada.

Salientando, inclusive, que as pessoas que estão convocando esta paralisação não possuem quaisquer poderes legais para tal ato”.

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