Thayssa Guimarães, uma jovem de 25 anos que atua no setor de recursos humanos (RH) da Câmara de Vereadores de São Gonçalo , na Região Metropolitana do Rio de Janeiro , fez uma denúncia de assédio sexual contra o vereador Jorge Luiz Gasco , conhecido como Jorge Mariola, de 67 anos, filiado ao partido Podemos.
O caso teria ocorrido no dia 13 de abril nas dependências do próprio RH, na presença de outras duas pessoas.
De acordo com Thayssa, enquanto ela atendia uma pessoa, sua chefe estava atendendo o vereador. Em determinado momento, Thayssa soltou seu cabelo, que estava preso em um coque, e o vereador fez um comentário de teor sexual, insinuando que seu cabelo seria adequado para puxões durante um ato sexual oral.
Posteriormente, quando o vereador se aproximou para se despedir, ele tentou beijá-la à força, mas ela resistiu e evitou o contato.
Thayssa também revelou que o vereador possui o hábito de tentar beijar as mulheres da Câmara, e algumas delas já desenvolveram estratégias para se esquivar dessas investidas indesejadas.
A jovem decidiu denunciar o caso por não aceitar tal comportamento e por sentir-se desconfortável com a situação.
Thayssa expressou receio de retaliações por parte do vereador e até mesmo de perder o emprego, mas foi encorajada por sua família a relatar o ocorrido.
A denúncia foi registrada na Delegacia de Atendimento à Mulher de São Gonçalo , e um procedimento de apuração de quebra de ética e decoro parlamentar foi iniciado na própria Câmara.
- O vereador Jorge Mariola , por sua vez, nega as acusações
Em seu depoimento, ele alega que possui o hábito de cumprimentar as pessoas com abraços e beijos, o que lhe rendeu o apelido de "Beijoqueiro" na Câmara de São Gonçalo.
- Ele afirma não ter feito nenhum gesto com conotação sexual e que sua interação com Thayssa foi apenas uma brincadeira sobre cabelos
Ele ressalta que Thayssa nunca havia reclamado de seu comportamento anteriormente e que a Ouvidoria da Câmara Municipal não recebeu denúncias a seu respeito.
O caso está em investigação pela Delegacia de Atendimento à Mulher, que enviará o inquérito ao Ministério Público para análise e possível indiciamento do vereador.
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