Eduardo Bolsonaro participou de entrevista
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Eduardo Bolsonaro participou de entrevista

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL) defendeu nesta quinta-feira (11) uma intervenção militar dos Estados Unidos no Brasil após a condenação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL),  a 27 anos e três meses de prisão por crimes ligados à trama golpista.

"Você aceitaria ser escravo para evitar uma guerra? Eu prefiro a guerra", disse o parlamentar ao portal Metrópoles, após ser questionado se apoiava uma ação militar dos norte-americanos no país. “Vale a pena pela volta da liberdade”, prosseguiu.

"O Brasil pode perfeitamente, no futuro, precisar da vinda de caças F-35 e de navios de guerra, porque isso demonstra a disposição do governo Donald Trump em defender a pauta da liberdade. Eu acho que, se as autoridades brasileiras tiverem juízo, elas vão prestar muita atenção nesse discurso", disse o parlamentar.

O deputado vive nos Estados Unidos desde fevereiro e tem articulado medidas contra o Brasil junto ao governo de Donald Trump. Entre elas, está a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada em julho e implementada em 6 de agosto. 

Além disso, nesta semana, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, disse que Trump “não tem medo de usar meios econômicos nem militares para proteger a liberdade”, em resposta a uma pergunta sobre o julgamento de Bolsonaro.

Bolsonaro condenado

A fala de Eduardo ocorre após a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenar Jair e outros sete réus por tentativa de golpe para impedir a posse de Luiz Inácio Lula (PT). A decisão foi por 4 votos a 1.

O relator do processo, o ministro Alexandre de Moraes, afirmou que Bolsonaro liderava uma “organização criminosa de alta periculosidade”, que usava aparatos do governo para perseguir opositores e inflamar os apoiadores contra a democracia. 

Além disso, o ministro pontuou que os atos de 8 de janeiro de 2023 não se trataram de um “domingo no parque”, mas de uma ação organizada para romper a ordem democrática.

Bolsonaro foi condenado por todos os crimes imputados a ele na denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR): organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A pena total foi fixada em 27 anos e 3 meses de prisão, além de multa.


Apesar da condenação, a prisão não é imediata. As defesas ainda podem apresentar recursos, e a execução das penas só ocorrerá após o trânsito em julgado.

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