O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) respondeu nesta terça-feira (8) às acusações de que teria contratado uma designer de sobrancelhas para exercer funções estéticas em seu gabinete.
Em vídeo publicado nas redes sociais, ele confirmou que Brennda Luiara Lima Liberato trabalha como secretária parlamentar desde maio de 2024, com salário entre R$ 3,8 mil e R$ 4 mil mensais.
Durante a gravação, Nikolas ironizou as críticas e afirmou que a profissional não foi contratada para cuidar de sua aparência.
“Sim, eu contratei. Ela tá aqui. Mas não pra fazer minha sobrancelha. E dá pra ver, ó. Porque se for contratada pra isso, tá demitida” , disse, apontando para as próprias sobrancelhas.
O deputado ainda comentou que, fora do expediente, a servidora poderia “dar uma moral” em suas sobrancelhas, mas destacou que isso não faz parte das atribuições do cargo. Segundo ele, Brennda exerce funções administrativas no gabinete.
Até o momento, não há registro de novos desdobramentos judiciais sobre a nomeação de Brennda Luiara Lima Liberato.
A nomeação consta como efetivada desde maio deste ano, com registro de remuneração na faixa de R$ 3,8 mil a R$ 4 mil, conforme confirmado pelo próprio deputado.
Erika Hilton
Nikolas comparou o caso ao da deputada Erika Hilton (PSOL-SP), que enfrentou críticas em junho de 2024 por contratar dois maquiadores como assessores parlamentares.
Ele afirmou que, ao contrário de Erika, que teria admitido a contratação para fins estéticos, sua assessora atua como secretária.
“A diferença é que ela contratou uma maquiadora pra maquiar ela. Eu contratei ela pra ser a minha secretária. Ou seja, eles são contra as pessoas ascenderem na vida? Terem outra profissão?” , questionou.
Posição de Erika Hilton
Erika Hilton também se posicionou na ocasião das críticas, dizendo que os maquiadores contratados — Ronaldo Hass e Índy Montiel — desempenham funções parlamentares.
Segundo a deputada, os assessores acompanham comissões, preparam relatórios e atuam no diálogo com a população.
Ela reconheceu que os profissionais eventualmente a maquiam, mas afirmou que essa não é a atividade principal de nenhum dos dois.
Os dois casos têm como ponto comum a contratação de profissionais da área de beleza para cargos comissionados. Ambos os parlamentares alegam que as atividades principais dos contratados são administrativas e que eventuais serviços estéticos não fazem parte das funções formais.