Jorge Eduardo Naime Barreto foi denunciado pela ex-mulher do seu suposto contratante
Waldemir Barreto/Agência Senado
Jorge Eduardo Naime Barreto foi denunciado pela ex-mulher do seu suposto contratante


O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), Jorge Eduardo Naime Barreto, está sendo investigado por comandar um esquema de stalking a serviço de um empresário do ramo farmacêutico.

A denúncia partiu da ex-mulher do empresário, que o acusa de violência psicológica e perseguição. Naime, que já é réu por omissão nos  atos de 8 de janeiro, teria usado recursos da PMDF para coagir e obter informações de forma irregular.

A Polícia Civil realizou uma operação no último sábado (28), cumprindo mandados de busca e apreensão contra o coronel. Em nota, a defesa de Naime afirmou que ele é inocente e que as acusações são "fantasiosas".

Esquema de stalking e monitoramento

De acordo com a investigação, o empresário instalou rastreadores e microfones clandestinos nos veículos usados pela ex-mulher e seu motorista. Mesmo com medidas protetivas decretadas pela Justiça, o grupo criminoso, supostamente comandado por Naime, continuou as ações de monitoramento.

O motorista da vítima relatou ter sido abordado por uma viatura da PMDF próximo a uma escola, no Lago Sul. Policiais pediram os documentos do motorista e fotografaram, mas não verificaram o veículo. Segundo os investigadores, Naime observava à distância e depois se aproximou para conversar com os policiais.

Além disso, o coronel é suspeito de guardar ilegalmente uma arma de fogo pertencente ao empresário.

Stalking envolve ações ilegais de monitoramento e coação que violam medidas protetivas. Este caso tem gerado grande repercussão devido ao uso indevido da estrutura pública.

Defesa do coronel e posição da PMDF

A defesa de Jorge Eduardo Naime afirmou que ele está sendo injustamente acusado e que provará sua inocência. A Polícia Militar do Distrito Federal declarou que acompanha a investigação, mas não irá comentar para não prejudicar o caso.

O coronel segue sendo investigado, e o caso de stalking será avaliado pelo ministro Alexandre de Moraes, que decidirá se ele permanece em liberdade provisória.

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