O presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União), considerou o caso inédito
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O presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União), considerou o caso inédito


A ex-vereadora Janaína Lima (PP-SP) retirou um vaso sanitário , duas pias e outros itens do gabinete que ocupava na Câmara Municipal de São Paulo , alegando que os adquiriu com recursos próprios durante o exercício do mandato .

A remoção gerou polêmica, especialmente porque o vereador Adrilles Jorge (União-SP), que assumiu o espaço, afirmou não ter sido informado previamente sobre a situação.

O presidente da Câmara, Ricardo Teixeira (União), considerou o caso inédito e afirmou que medidas serão analisadas. Nos bastidores, vereadores discutem o ocorrido e avaliam o destino dos objetos retirados.

A Câmara Municipal anunciou que o caso será investigado para assegurar que o patrimônio público não tenha sido comprometido.

Em nota enviada à Folha de S.Paulo, Janaína justificou a retirada dos itens com base em orientações da própria Câmara, afirmando que apenas objetos adquiridos com recursos próprios e que não integravam o patrimônio público foram levados.

"É nosso dever devolver o gabinete como o recebemos, assegurando que todo o patrimônio público permaneça devidamente registrado e intacto. Nesse sentido, seguindo a orientação da própria Câmara que determina que os itens não pertencentes ao patrimônio devem ser retirados, assim foi feito. Todos os itens retirados do gabinete foram aqueles adquiridos exclusivamente com recursos próprios e que, portanto, não integram o patrimônio da Câmara Municipal, respeitando o critério orientado quando recebi o gabinete", explicou.

Janaína também destacou que itens como divisórias de vidro, luminárias e outros elementos arquitetônicos que foram resultado de investimento pessoal permaneceram no espaço.

"Todo o patrimônio da Casa está devidamente elencado e conferido pelo setor responsável, garantindo total transparência e conformidade. Além disso, outros itens que também foram fruto de investimento pessoal, como a divisória de vidro, a bancada que circunda a coluna, duas estruturas de cobogó, o teto aberto e dezenas de luminárias permaneceram no espaço, à disposição do novo mandatário, conforme sua decisão", completou.


Posição de Adrilles

Adrilles Jorge, que assumiu o gabinete, comentou de forma irônica o episódio, afirmando que usará o banheiro comunitário enquanto a situação não é resolvida.

"Se a privada é dela [Janaína], é legítimo que ela leve e faça o que quiser com ela. Preciso fazer xixi, é necessário. Mas qualquer coisa uso o comunitário", declarou.

O gabinete em questão também abriga o projeto Coworking Legislativo, criado por Janaína em 2019, para receber empreendedores com propostas voltadas à cidade.

Adrilles afirmou que pretende manter o conceito e destacou a relevância do desenho arquitetônico deixado pela ex-vereadora.

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