Lula e o médico neurocirurgião que fez o procedimento desta quinta-feira (12), Marcos Stavale
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Lula e o médico neurocirurgião que fez o procedimento desta quinta-feira (12), Marcos Stavale

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o YouTube Brasil para a retirada, em até 24h, de conteúdos com  desinformações  sobre o estado de saúde do presidente Lula  (PT). O órgão emitiu uma notificação extrajudicial à empresa nesta sexta-feira (13), com uma lista para remoção de publicações com informações falsas, que alegam, inclusive, o falecimento do mandatário.

Por meio da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, a AGU reitera que os procedimentos aos quais Lula foi submetido não tiveram intercorrências, segundo divulgado em boletins médicos emitidos pela equipe médica do Sírio-Libanês, em São Paulo, onde ele está internado desde terça-feira (10).

"As narrativas identificadas apresentam desinformação sobre o estado de saúde do Presidente, inclusive sobre sua morte, gerando confusão a respeito de assunto de relevância pública, com potencial de atingir a confiança nas instituições públicas e, em particular, afetar a própria estabilidade política e econômica do país", afirma o órgão jurídico do governo.

A AGU adiciona que os conteúdos violam os termos de uso do próprio YouTube Brasil, que determinam a exclusão de postagens em desacordo com a legislação ou prejudiciais a terceiros, bem como as "Diretrizes da Comunidade" da plataforma, no que tange à publicação de fake news e discursos de ódio.

O órgão determinou que, caso a remoção não seja concluída, as postagens sejam identificadas e marcadas, no mesmo prazo, com as informações verdadeiras.

Internação de Lula rendeu várias notícias falsas

Todos os boletins médicos emitidos pela equipe do presidente ao longo da internação afirmam que seu estado de saúde é "estável". Apesar dos boletins, a internação do presidente culminou em várias fake news, desde teorias da conspiração sobre um "sósia" atuando no lugar do petista, que estaria morto, até a circulação de uma imagem de um pedido de atestado de óbito.

A verdade é que o presidente Lula foi internado na terça-feira (10) devido a uma hemorragia intracraniana, decorrente de uma queda que ele sofreu em outubro. Ainda na terça, ele passou por uma cirurgia de emergência para drenar a hemorragia.

Na quinta (12), o mandatário fez uma intervenção complementar, chamada embolização das artérias meníngeas, para bloquear o fluxo sanguíneo entre artérias e prevenir um novo sangramento intracraniano.

Na sexta-feira (13), o perfil do presidente nas redes sociais publicou um vídeo em que ele aparece caminhando e sorrindo ao lado do neurocirurgião Marcos Stavale, que fez o último procedimento complementar. Na legenda, Lula diz estar "firme e forte".

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