Braga Netto nega envolvimento em plano para matar Lula: "Tese fantasiosa e absurda"

Ex-ministro de Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto publicou uma nota de defesa nas redes sociais e negou envolvimento em plano para golpe de Estado

Braga Netto é um dos aliados de Bolsonaro indiciado pela PF
Foto: Valter Campanato/Agência Brasi
Braga Netto é um dos aliados de Bolsonaro indiciado pela PF


Walter Braga Netto , ex-ministro da Defesa e potencial vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) falou neste sábado (23) sobre as acusações de envolvimento na tentativa de golpe de Estado que pretendia matar Luiz Inácio Lula da Silva (PT) , presidente.

Braga Netto foi uma das 37 pessoas indiciadas pela Polícia Federal por uma suposta tramoia de golpe de Estado . As principais ações seriam matar Lula e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, e prender o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Um dos pontos citados pela PF, inclusive, é que os planos foram discutidos dentro da casa do próprio ex-ministro de Bolsonaro .  Ex-ministro nega envolvimento e a própria trama de ensaio de golpe.

Braga Netto se pronuncia

Nas redes sociais, Braga Netto publicou comentários e uma nota defensiva. Ele negou qualquer plano de assassinato ou tentativa de golpe. Na nota, diz que “sempre primou [...] por soluções legais e constitucionais” e acredita que os “ritos do devido processo legal elucidarão a verdade”.

Leia a defesa de Braga Netto, assinada por três advogados, na íntegra: 

COMUNICADO À IMPRENSA

A Defesa técnica do General Walter Souza Braga Netto, repudia veementemente a criação de uma tese fantasiosa e absurda em parte da imprensa de que haveria "um golpe dentro do golpe".

Apesar do silêncio de muitos setores institucionais da nossa sociedade, o General Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, General de Exército que comandou tropas do Comando Militar do Leste no RJ, a inédita Intervenção Federal na área de Segurança Pública no Estado do RJ e foi Chefe do Estado-Maior do Exército destaca que ao longo de sua trajetória, sempre primou pela correção ética e moral na busca de soluções legais e constitucionais.

Lembra, ainda que, durante o governo passado foi um dos poucos, entre civis e militares, que manteve a lealdade ao Presidente Bolsonaro até o final do governo, em dezembro de 2022 e a mantém até os dias atuais, por crença nos mesmos valores e princípios inegociáveis.

A defesa do General Braga Netto acredita que a observância dos ritos do devido processo legal elucidarão a verdade dos fatos e as responsabilidades de cada ente envolvido nos referidos inquéritos, por suas ações e omissões.

Por fim, é vital levantar a questão a quem interessa este tipo de ilação e suposição fora do contexto do inquérito legal, que ainda não foi disponibilizado oficialmente para as defesas dos interessados

Brasília/DF, 23 de novembro de 2024

** Jornalista pelo Mackenzie e cientista social pela USP, trabalha com redação virtual desde 2015 e teve passagem em grandes redações do Brasil. Curte cultura, política e sociologia.