Uma atualização do X liberou a plataforma para diversos perfis brasileiros . Provedores de internet responsáveis por bloquear o Twitter no Brasil explicaram que, com a atualização, houve espécie de “obstáculos” para bloqueios.
Assim, fica mais difícil seguir as determinações do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a rede social em todos os provedores de internet do Brasil.
Basílio Rodríguez Perez, conselheiro da ABRINT (que Associação Brasileira dos Provedores de Internet e Telecomunicações), explicou ao O Globo que “o X passou a funcionar com um novo software, que não está mais usando os IPs da rede social, mas da Cloudflare. Não é uma coisa simples de bloquear. Eles fizeram uma modificação para tornar o bloqueio muito mais difícil. Os provedores não têm o que fazer. Vamos aguardar a definição oficial sobre como proceder.”
Como funciona mudança de Proxy?
Como explicou, o serviço escolhido passa a usar uma espécie de “escudo” para impedir os servidores de bloquear acessos. O tráfego passa a fluir por novas rotas, o que gera diversos obstáculos para bloqueio de acesso. Em outras palavras: o IP (Protocolo de Internet) passa a ser o da empresa Cloudfare, e esta usa proxy reverso (ou servidor intermediário). Normalmente, isso é usado para segurança em bancos e sites diversos.
Assim, o IP da Cloudfare acaba mascarando o IP original do servidor. Normalmente, isso é usado para evitar ataques por rastreio de IP.
E, embora seja possível bloquear o Cloudfare, isso afetaria diversos "serviços legítimos e necessários" que usam a empresa, como bancos.
Provedoras tentam seguir STF
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Diversas provedoras entraram em contato com a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL) para buscar maneiras de seguir as determinações do STF e bloquear o Twitter .
O STF , por sua vez, explicou a liberação de acessos por uma "instabilidade no bloqueio da plataforma". Garante, ainda, que a ordem de suspensão ainda está em vigor.
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