Silvio Santos morreu neste sábado (17)
Reprodução/SBT
Silvio Santos morreu neste sábado (17)

O apresentador  Silvio Santos (1930-2024) tentou concorrer a eleição presidencial de 1989 , vencida por Fernando Collor na época. O período trazia novos ares ao Brasil. Foi o primeiro pleito direto após a Ditadura Militar, que ocorria após um ano da promulgação da Constituição Federal de 1988 .

O ‘dono do baú’ iria disputar pelo Partido Municipalista Brasileiro (PMB), que foi extinto logo após a eleição.

ícone da TV brasileira morreu aos 93 anos na madrugada deste sábado (17), em decorrência de uma broncopneumonia após infecção por Influenza (H1N1). A informação foi divulgada pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo, onde ele estava internado desde o dia 1º de agosto, em São Paulo. 

Na época, o apresentador comandava o Programa Silvio Santos, lançado em 1963, além do Sistema Brasileiro de Televisão, o SBT, que entrou no ar em 1981.

A candidatura de Silvio Santos foi oficializada duas semanas antes do primeiro turno, que iria acontecer no dia 15 de novembro, contudo, foi contestada por partidos adversários e terminou sendo barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 9 de novembro.

“É o 26, é o 26! Com Silvio Santos chegou a nossa vez”, era o jingle da campanha de Silvio. “E podem acreditar: o Silvio Santos vai lutar por vocês, defender os interesses do povo e o desenvolvimento do Brasil. Quem acredita em mim deve votar no 26”, prometia o comunicador aos eleitores.

A grande preocupação de Silvio era de que seu nome não constava na cédula devido à entrada de última hora na corrida eleitoral. Os tempos eram de voto impresso e havia outro nome no lugar onde deveria estar o do apresentador.

As cédulas eleitorais já estavam prontas, mas Silvio prevaleceu e explicou aos eleitores o que deveriam fazer.

Ao lado de uma cédula gigante disse: “No dia das eleições, não haverá Silvio Santos na cédula. Vocês deverão colocar o X e marcar 26. Por favor, não escrevam na cédula porque anularão o voto”.

Silvio prometia ações nas áreas de alimentação, saúde, habitação, educação e acabar com a inflação alta.

A campanha do ‘dono do baú’ durou apenas 23 dias e caiu após 18 pedidos de impugnação da candidatura, quando o TSE constatou que o partido de Silvio não tinha cumprido a Lei Eleitoral.

A política não foi mais opção para Silvio Santos. Ele se manteve empresário, apresentador e comunicador.



A eleição de 1989

O clima quente na política de 1989. Havia mais de 20 nomes lançados como concorrentes ao Palácio do Planalto. O primeiro turno ocorreu em 15 de novembro; o segundo, em 17 de dezembro.

Entre os candidatos estavam: Ulysses Guimarães (PMDB), Aureliano Chaves (PFL), Lula (PT), Collor (PRN), Leonel Brizola (PDT), Mário Covas (PSDB), Paulo Maluf (PDS), Roberto Freire (PCB), Guilherme Afif Domingos (PL) e Ronaldo Caiado (PSD).

No primeiro turno, Fernando Collor saiu vitorioso, com 20,6 milhões de votos (o equivalente a 28% do total). Em segundo lugar ficou Lula, com 11,6 milhões de votos (16,08% do total).

O segundo turno foi vencido por Collor, com 35.089.998 votos (42,75%). Lula obteve 31.076.364 votos (37,86%). A abstenção chegou a 11.814.017 (15,40%).

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