O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) comemorou o anúncio de que Nicolás Maduro foi reeleito presidente da Venezuela nesta segunda-feira (29) . A organização publicou ainda duas notas de comemoração ao resultado eleitoral.
Uma das notas é assinada somente pelo MST e outra por um conjunto de 12 movimentos, inclusive a juventude do PT.
Na nota com outros movimentos, é declarado que "a democracia venceu" e que Maduro foi eleito "em meio a uma campanha fascista promovida pela extrema direita venezuelana e internacional, que mesmo antes da votação e dos resultados já bradavam fraude".
Segundo o CNE (Conselho Nacional Eleitoral), órgão responsável pelos processos eleitorais no país, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para o seu terceiro mandato com duração de seis anos. A oposição, no entanto, contesta o resultado e alega que o adversário, Edmundo González, teve 70% dos votos.
Maduro ficará no poder até janeiro de 2031. Ele teve 51,2% dos votos, somando 5.150.092 votos, segundo CNE, que é alinhado ao presidente. O principal adversário, Edmundo González, teve 44,2%, totalizando 4.445.978 votos.
Críticas ao MST
Após a comemoração, o MST passou a ser criticado por eleitores de esquerda. Internautas que se dizem apoiadores de Lula afirmaram que a Venezuela é uma ditadura. "Democracia? O cara criticou até o sistema eleitoral brasileiro e passam pano para ele. Triste realidade. Ditadura não é bem-vinda em lugar algum", escreveu um usuário no Instagram.
O MST e os outros movimentos declararam que "a transparência e o rigor marcaram a jornada eleitoral" na Venezuela. A nota diz que o processo de votação venezuelano ainda contou com "diversas auditorias e mais de 900 observadores".
"Assim como o povo venezuelano, desejamos que a Venezuela continue seu caminho de ascensão econômica e paz. Repudiamos qualquer tentativa de intervenção estrangeira e desestabilização interna por meio de violência, notícias falsas e manipulação. Respeitamos e defendemos a democracia, a verdade e o povo soberano venezuelano" , diz a nota em conjunto com o MST e outros movimentos.
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