Quatro policais foram presos em operação nesta quinta-feira (11)
Redação GPS
Quatro policais foram presos em operação nesta quinta-feira (11)

Dois dos policiais presos pela Polícia Federal (PF) na nova fase da "Operação Última Milha" , nesta quinta-feira (11), sabiam da existência da  minuta golpista para tentar manter  Jair Bolsonaro (PL) no poder. A informação consta no inquérito do caso, que foi obtido após quebra de sigilo da operação. 

De acordo com uma troca de mensagens obtida pela PF, o policial federal Marcelo Araújo Bormevet , que atuava na Presidência da República, e seu subordinado Giancarlo Gomes Rodrigues , militar do Exército que estava em exercício na Abin desde dezembro de 2022, se referiam à minuta golpista como "a porra do decreto" e a Jair Bolsonaro como "PR imbrochável". 

"O nosso PR imbrochável já assinou a porra do decreto", questiona Bormevet, em conversa do dia 21 de dezembro de 2022. "Assinou nada. Tá foda essa espera, se é que vai ter alguma coisa", respondeu Giancarlos Rodrigues. "Tem dia que eu acredito que terá, tem dia que não", complementou Bormevet. 

No entendimento da PF, o diálogo é uma prova de que os dois policiais tinham conhecimento da minuta do golpe, encontrada na sala de Jair Bolsonaro dentro da sede do Partido Liberal (PL). Mais do que isso, a investigação aponta que ambos poderiam agir caso o golpe fosse efetuado. Eles foram afastados de suas atividades. 

"Abin paralela"

A PF cumpriu a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, e prendeu quatro policiais suspeitos de integrar a "Abin paralela". Até agora, foram presos Mateus de Carvalho Sposito, Richards Dyer Pozzer, Marcelo Araújo Bormevet e Giancarlo Gomes Rodrigues. 

De acordo com a PF, investigadores descobriram que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações falsas. A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

Se as condutas forem confirmadas, os investigados podem ser indiciados pela PF e, posteriormente, denunciados à Justiça. Os possíveis crimes incluem:

- Organização criminosa;
- Tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito;
- Interceptação clandestina de comunicações;
- Invasão de dispositivo informático alheio.

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