O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) já conta com o indiciamento em todas as investigações que tramitam contra ele no STF (Supremo Tribunal Federal), segundo aliados.
Atualmente, Bolsonaro enfrenta oito investigações no Supremo Tribunal Federal, todas sob a supervisão do ministro Alexandre de Moraes. A Polícia Federal já o indiciou em dois inquéritos: um por suspeita de falsificação de certificados de vacinação contra a Covid-19 e outro relacionado à venda de joias recebidas como presentes pelo governo brasileiro.
"Preocupa mais a exposição com alguns conteúdos do que o indiciamento em si", diz um aliado à coluna de Letícia Casado, do UOL. A preocupação é que possam surgir informações embaraçosas, como o momento em que Bolsonaro respondeu "selva" ao ser informado pelo seu ex-auxiliar, Mauro Cid, sobre o leilão de joias.
Os aliados da família Bolsonaro sustentam a narrativa de que o ex-presidente é alvo de uma perseguição política coordenada pela Polícia Federal e pelo ministro Moraes. Por isso, afirmam, o indiciamento é visto como algo já definido.
À coluna, o deputado Eduardo Bolsonaro reforça a tese de perseguição.
"Não confio na Polícia Federal, a Polícia Federal que está debaixo do manto de Alexandre de Moraes. Para mim, são cachorrinhos do Alexandre de Moraes e vão fazer o que esse sistema espúrio quer que eles façam. Não estou me importando com associação de delegado mover processo contra mim por eu falar isso, sou deputado federal e acredito em imunidade parlamentar. Estou cagando para os delegados federais que querem me processar", disse Eduardo.
O filho 03 do ex-presidente menciona ainda o relógio de pulso da marca Piaget avaliado em R$ 80 mil que Lula (PT) usa. Segundo a Folha, o acessório do petista não consta na lista de presentes oficiais informados ao TCU (Tribunal de Contas da União).
"Fica notória a perseguição. No final do dia aumenta, dá energia para as pessoas ficarem mais revoltadas e apoiarem mais Bolsonaro", diz Eduardo, completando que as ações da PF podem transformar seu pai "em mártir".
"É um absurdo o que estão fazendo com meu pai. Transformar um presente em caso de corrupção", finaliza o deputado.
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