O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), respira aliviado após a mudança de postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Preocupado com as recentes críticas de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que fizeram o dólar disparar nos últimos dias, Haddad tomou medidas para evitar uma crise irreversível com o mercado financeiro.
Diante do cenário preocupante, o ministro mobilizou sua equipe para elaborar um plano de corte de gastos a ser apresentado a Lula. Além disso, articulou com outros ministérios ações destinadas a agradar investidores e se dispôs a atuar como mediador entre o presidente e o mercado.
Na quarta-feira (3), Haddad conseguiu convencer o presidente da República a moderar o tom das críticas, resultando na chamada "bandeira branca" com o mercado financeiro.
A vitória política do ministro foi bem recebida por seus aliados, que elogiaram sua habilidade de articulação. Muitos duvidavam que ele seria capaz de reverter a situação, acreditando que Lula levaria sua guerra contra Campos Neto até o fim.
No entanto, a compreensão de que as atitudes do presidente poderiam comprometer a área econômica, uma de suas maiores preocupações, prevaleceu.
Argumentos de Haddad
Haddad argumentou que o conflito contínuo manteria o dólar em alta, sufocando a inflação e impedindo novos cortes na taxa Selic, o que, por sua vez, diminuiria os investimentos.
Com a paz temporária estabelecida, o ministro da Fazenda agora quer concentrar seus esforços no corte de gastos e nos desdobramentos da reforma tributária.
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