Os líderes também concordaram em cooperar nas áreas de segurança
Fabio Charles Pozzebom/Agência Brasil - 28/03/2024
Os líderes também concordaram em cooperar nas áreas de segurança

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva , se encontrou na Itália com seu homólogo francês, Emmanuel Macron, e o chanceler alemão, Olaf Scholz neste sábado (15). Na conversa com os dois líderes mundiais, o petista tratou de organizar uma cúpula contra extremismos.

Esta é a primeira tentativa para  debater o avanço da extrema-direita, que tem expandido suas estratégias globalmente e fortalecido alianças em eleições ao redor do mundo. O formato da conferência ainda não está definido, mas uma possibilidade é esperar pela Assembleia Geral da ONU em setembro para realizar o encontro em Nova Iorque.

Anteriormente, o governo de Joe Biden tentou promover uma "Cúpula para a Democracia", mas o foco implícito em formar uma coalizão ocidental contra a China resultou no fracasso do projeto.

Macron

Na reunião com Macron, Lula também falou sobre o avanço da extrema-direita nas eleições europeias. O francês explicou ao líder brasileiro porque dissolveu a Assembleia Nacional , alegando que a população da França não vota da mesma forma para escolher seus representantes na Europa e os parlamentares nacionais.

Segundo Macron, mesmo se a extrema-direita vencer as eleições no final de junho, é melhor que isso ocorra no Legislativo do que em 2027, quando o país terá uma eleição presidencial. 

Ainda com Macron, o petista retomou as conversas sobre a colaboração de ambos os países no combate à mineração ilegal e ao tráfico de madeira no Brasil e na Guiana Francesa.

O debate ocorreu no âmbito de um acordo assinado no início do ano para lutar contra as ameaças à segurança e ao meio ambiente, bem como aos riscos para a saúde que afetam a região.

Macron e Lula também concordaram em cooperar nas áreas de segurança e em outros assuntos de interesse comum, bem como colaborações culturais.


Scholz

Já com Scholz, Lula conversou com o alemão sobre o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, a situação política no velho continente e na América Latina e, por fim, os conflitos em Gaza e na Ucrânia.

O petista ainda convidou a Alemanha a aderir à Aliança Global contra a Fome, uma das prioridades do Brasil na perspectiva da presidência do G20, e sublinhou a necessidade de reformar as instituições de governança global.

Durante o encontro, Scholz também manifestou sua solidariedade ao povo brasileiro pelas consequências das enchentes no Rio Grande do Sul.

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