
A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria Geral da República (PGR) querem concluir uma série de investigações contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) antes do início da campanha eleitoral, em 16 de agosto,para evitar críticas de viés político.
Segundo a CNN, a PF listou os inquéritos de acordo com a prioridade para finalização. O primeiro da lista é o caso das joias sauditas; o segundo, dos cartões de vacina falsificados; e o último, do plano de golpe de Estado.
Os investigadores garantem que não verá 'atropelo' nas apurações, que inicialmente seriam realizadas em um cronograma que ia de junho a setembro.
Bolsonaro foi aconselhado a se fazer de 'vítima' após ser indiciado
Segundo a coluna Panorama, do Portal iG, o ex-presidente tem sido aconselhado por sua equipe jurídica a adotar uma postura pública enfática em relação à sua posição contrária à vacinação e à sua defesa diante do processo judicial em curso.
O ex-mandatário foi instruído a esclarecer que optou por não tomar a vacina e que sempre defendeu o direito de cada indivíduo escolher a imunização ou não.
A defesa também recomendou a Bolsonaro que reforce o argumento de que estava exercendo o cargo de presidente quando viajou aos Estados Unidos, e que por isso não era necessário apresentar nenhum certificado de vacinação para a viagem.
Bolsonaro também foi aconselhado a dizer que sua defesa não tinha acesso adequado ao processo em questão, o que impossibilitaria um aprofundamento no tema. Com isso, ele acusará o Supremo Tribunal Federal e a Polícia Federal de perseguição política contra ele, alimentando a narrativa de que estaria sendo alvo de uma injustiça judicial.
A estratégia de defesa também inclui a acusação de que o atual governo federal pratica perseguição política contra seus opositores, apesar disso, Bolsonaro expressou confiança em conseguir apoio e conquistar um grande número de prefeitos e vereadores em diversas cidades do país. O objetivo por trás desse discurso é manter a base fiel do bolsonarismo mobilizada e engajada.
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