O governo da Argentina disse que, caso o Brasil peça para extraditar os foragidos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 , irá analisar caso a caso. "Não queremos criminosos no país", disse uma pessoa ligada ao presidente Javier Milei à emissora "CNN", reforçando que refúgios devem ser negados a condenados em última instância. "Se uma pessoa assassinou alguém, vamos extraditar", continuou.
Nesta sexta-feira (7), a gestão do presidente Javier Milei disse ter ciência da presença de brasileiros condenados ou investigados pelos ataques à Praça dos Três Poderes. De acordo com a Operação Lesa Pátria, ao menos 65 brasileiros cruzaram a fronteira ilegalmente neste ano .
Apesar do discurso, existe uma certa preocupação do governo federal com a reação de Milei a um possível pedido de extradição . Isto porque o presidente argentino é ultradireitista e ferrenho opositor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) .
Além disso, no começo deste ano, Milei compartilhou, nas redes sociais, publicações contra um suposto "autoritarismo de Lula". A mensagem dizia que o petista perseguia a oposição no Brasil. Assim, ainda há o temor da Argentina aceitar os pedidos de asilo político dos foragidos.
Foragidos
Na quinta-feira (6), a Polícia Federal deflagrou uma operação visando 208 pessoas envolvidas na tentativa de golpe do 8 de janeiro Durante a operação, 49 fugitivos foram capturados, conforme informado pela corporação.
Além disso, a PF está em busca de outros 159 indivíduos alvo de mandados de prisão emitidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) , Alexandre de Moraes.
A ação de ontem representa uma nova etapa da Operação Lesa Pátria , que desde o ano passado investiga a invasão dos prédios dos Três Poderes em Brasília.
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