Presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso
Valter Campanato/Agência Brasil - 29/09/2023
Presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso

O ministro Roberto Barroso , presidente do STF (Supremo Tribunal Federal) , vai assinar na tarde desta quinta-feira (6) um acordo com seis  big techs contra a desinformação. Google , YouTube , Meta , TikTok , Kwai e Microsoft farão parte da parceria, enquanto o X (antigo Twitter) não irá aderir ao movimento.  A informação foi publicada inicialmente pela "CNN" e confirmada pela reportagem do Portal iG

O acordo garante a entrada das big techs no  Programa de Combate à Desinformação do STF.   Lançado em 2021, o plano visa "combater práticas que afetam a confiança das pessoas no Supremo, distorcem ou alteram o significado das decisões e colocam em risco direitos fundamentais e a estabilidade democrática".

Segundo a assessoria de imprensa do STF, a adesão das empresas ao programa não envolve repasses de recursos financeiros da parte do Supremo nem das plataformas. "O acordo  prevê o desenvolvimento de ações conjuntas, com a finalidade específica de promover ações educativas e de conscientização para enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação que viole princípios, direitos e garantias constitucionais", explicou o comunicado. 

O STF ainda informa que não há ações específicas a serem desenvolvidas em conjunto com as big techs. "A etapa de hoje é o início da colaboração entre o STF e cada uma delas. Atualmente, o Programa conta com 104 parceiros. Com as seis novas adesões, o tribunal vai atingir a marca de 110 parceiros oficiais", finalizou a equipe de comunicação do Tribunal.

Ausência do X era esperada

O STF não deu detalhes sobre o motivo do X não aderir o programa. A ausência da plataforma, entretanto, já era esperada. Em abril, o dono da rede social, o bilionário Elon Musk , entrou em um embate direto com o ministro Alexandre de Moraes, então presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). 

Tudo começou depois da  inclusão de Musk e do X no inquérito das milícias digitais no início de abril - o dono da rede social declarou em seu perfil que desobedeceria às restrições impostas pela justiça brasileira.

Depois disso, o empresário também fez uma série de acusações a Moraes na plataforma, entre elas a de que o ministro teria traído a Constituição e interferido no resultado das eleições de 2022 .

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