Paulo Pimenta, Ministro-Chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul
Jose Cruz/Agência Brasil - 26/01/2024
Paulo Pimenta, Ministro-Chefe da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul

Após 20 dias à frente da secretaria responsável pela reconstrução do Rio Grande do Sul , Paulo Pimenta (PT) ainda não tem a sua equipe completamente montada e nem estruturou um local de trabalho no estado.

A secretaria, que foi repassada para Pimenta em 15 de maio, é vinculada à Presidência, por medida provisória, e tem direito a 29 cargos, em Brasília e no Rio Grande do Sul.

Entretanto, até o momento, apenas quatro pessoas foram nomeadas. Além disso, ainda não foram criados um site e uma agenda oficial das autoridades da nova secretaria.

À Folha, Pimenta disse que sua rotina inclui viagens pelo estado, sobrevoos e encontros com as autoridades muncipais.

"A minha agenda envolve três dimensões: acompanhamento da situação e da atuação e ação dos ministérios [...]; relação com o governo do estado e as prefeituras para tentar acompanhar os planos de trabalho, as demandas [...]; e acompanhamento das ações de entregas, rodovias, colocação de bombas, a presença do governo federal nas regiões", disse.

Por enquanto, duas medidas estabelecidas por Pimenta e pelo governo federal para a secretaria no início do projeto ainda não foram totalmente colocadas em prática. Uma delas é o 'rodízio' de ministros pelo Rio Grande do Sul - dos 38, 10 ainda não visitaram o estado após as enchentes.

A outra é a presença semanal de Pimenta em Brasília, que tem sido impossibilitada com o trabalho de reconstrução das terras gaúchas. A previsão é que, daqui a 2 meses, o ministro consiga voltar para o Distrito Federal.

Críticas

A nomeação de Pimenta para o cargo de secretário gerou preocupação entre os aliados do governador Eduardo Leite (PSDB) e do prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB). A ala classificou a nomeação como um gesto de politização, uma vez que ele é cotado como candidato a governador nas eleições de 2026.

Com isso, o ministro deixou de lado a postura polêmica e afiada contra os adversários. Agora, com a atuação focada em uma região onde a política é polarizada, mas a oposição fez candidatos em cidades importantes, ele assume a conduta mais ponderada e institucional para evitar atritos.

"Eu considero que minha relação com os prefeitos e com o governador é muito tranquila, muito harmônica, e considero que os resultados no trabalho conjunto têm sido muito importantes", disse à Folha.

Apesar do posicionamento, Pimenta disse que evita enxergar a tragédia como palco político. "Estamos em uma desgraça, em uma catástrofe tão grande, que a última coisa que uma pessoa de bom senso tem que pensar é em eleição", disse.

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