Eduardo Leite, governador do RS
Reprodução: governo do RS
Eduardo Leite, governador do RS

O governador do Rio Grande do Sul , Eduardo Leite (PSDB), reforçou, nesta quarta-feira (5), que vai solicitar a ajuda do governo federal para amenizar o impacto econômico da tragédia no estado. Segundo o governador, a estimativa é que a perda em arrecadação com impostos seja de até R$ 10 bilhões.

Durante um evento no Palácio do Planalto, o governador disse que apenas suspensão do pagamento de 100% da dívida gaúcha por 3 anos, anunciada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aprovada pelo Congresso Nacional, não será suficiente para a recuperação econômica do estado.

“A gente entende que esteja falando de algo em torno de R$ 6 bilhões a R$ 10 bilhões até o final deste ano em termos de queda de arrecadação do estado e dos municípios que precisaria ser suportado pela União, como foi na pandemia, porque é o ente que tem capacidade porque pode emitir dívida, porque tem fôlego financeiro para poder atender essas necessidades”, afirmou o tucano.

O dinheiro economizado com a suspensão da dívida com a União será voltado para a reconstrução do estado, explicou o governador. No entanto, a perda de arrecadação impacta na prestação de serviços do dia a dia.

"A gente teve a suspensão da dívida, mas a suspensão da dívida é toda canalizada para reconstrução. Eu tenho um fundo constituído para reconstrução com recurso da suspensão da dívida, que eu vou depositar nesse fundo. De outro lado, na minha arrecadação vou ter queda forte que vai me atrapalhar prestação de serviços e outros investimentos que são também importantes", disse.

O governador afirmou que o auxílio do governo é necessário para impedir o risco de atraso no salário de servidores, e aproveitou para reforçar seu pedido da última segunda-feira (3): um programa de manutenção de emprego e renda , além de uma agenda especial sobre repasses com o presidente Lula.

“Um programa para a manutenção de emprego e renda, que é essencial para as empresas que foram afetadas pelas enchentes, assim como foi feito na pandemia, [com] o governo pagando parte dos salários e ter uma possibilidade de redução de jornada (…). E termos também recomposição de receitas para o governo”, disse o tucano.

Tragédia no RS

As chuvas no Rio Grande do Sul deixaram 172 mortos e 41 desaparecidos, segundo o último boletim de atualização da Defesa Civil do estado. Há 572 mil pessoas desalojadas.

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