Uma pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda-feira (3) revelou que os eleitores da cidade de São Paulo tendem a se identificar mais com o espectro político de direita do que de esquerda.
De acordo com o levantamento, 28% dos entrevistados se consideram direitistas, enquanto 21% assumiram ser esquerdistas.
A pesquisa também mostrou que a soma dos eleitores de centro-direita e centro-esquerda ficou em 40% para direitistas e centro-direita, e 31% para esquerda e centro-esquerda.
A pesquisa também apontou que evangélicos, pessoas que ganham até dois salários mínimos e possuem apenas ensino fundamental tendem a se identificar mais com a direita.
Por outro lado, aqueles que ganham mais de dois salários mínimos e possuem curso superior se colocam mais à esquerda no espectro político.
Para chegar a esse resultado, o Datafolha utilizou uma escala de 1 a 7 aos entrevistados, onde aqueles mais próximos do número 1 foram classificados como de esquerda, e os mais próximos do número 7, como de direita. A nota média da cidade foi de 4,3, indicando uma inclinação para o espectro político de direita.
Esta é a primeira vez que o Datafolha conduz um estudo dessa natureza desde 2003, quando 27% dos paulistanos se declararam de direita.
Em 2013, esse número era de 20%. No mesmo período, a identificação como esquerdista entre os entrevistados foi de 13% em 2003, subindo para 16% em 2006 e caindo para 14% em 2013.
Além disso, os dados revelam que os paulistanos são menos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) em comparação com a média nacional. Na capital paulista, 19% se dizem bolsonaristas, enquanto o índice nacional é de 24%.
Por outro lado, 31% afirmam ser petistas, contra uma média nacional de 30%. Um contingente de 23% se considera neutro, enquanto no Brasil esse número é de 21%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 27 e 28 de maio, ouvindo 1.092 eleitores. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
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