O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) comemorou o resultado do julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que rejeitou recursos pela sua cassação por gastos de pré-campanha. A votação da Corte eleitoral foi unânime, 7 votos a 0.
Para Moro, o TSE realizou uma análise técnica e independente do caso. Além disso, ele afirmou que a vontade popular dos paranaenses foi respeitada.
"Os boatos sobre a cassação de meu mandato foram exagerados. Em julgamento unânime, técnico e independente, o TSE rejeitou as ações que buscavam, com mentiras e falsidades, a cassação do meu mandato", escreveu o senador nas redes sociais.
"Foram respeitadas a soberania popular e os votos de quase dois milhões de paranaenses. No Senado, casa legislativa que integro com orgulho, continuarei honrando a confiança dos meus eleitores e defendendo os interesses do Paraná e do Brasil", acrescentou.
Ainda, o deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR), que trabalhou com Moro na Operação Lava Jato, parabenizou o parlamentar, dizendo que ele alcançou "uma ilha de justiça" no mar de injustiças que ocorre desde que Luis Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente, segundo ele.
O julgamento
O relator dos recursos, ministro Floriano Peixoto, concluiu que "não restou comprovado o uso indevido do uso dos meios de comunicação. Não restou comprovado irregularidades de contrato. Foram identificados gastos relevantes na pré-campanha, mas a análise conclusiva desses gastos exclui o abuso do poder econômico”.
Para Peixoto, não há provas que possam levar Moro a ser cassado. No entanto, pontuou que há “estranhamento” sobre os contratos realizados na pré-campanha do senador.
O relator explicou ainda que a única forma de cassar Sergio Moro era se houvesse prova que sua pré-candidatura à Presidência foi de “fachada” e ele tinha a intenção de concorrer ao Senado.
As ações contra o senador foram apresentadas pelo PL, partido de Jair Bolsonaro, e pela Federação Brasil da Esperança, composto por PT, PV e PCdoB, que elegeu Lula em 2022.
Os ministros Alexandre de Moraes, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia, Maria Isabel Galotti, Nunes Marques e Raul Araújo seguiram o voto do relator.
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